Reunião entre Sintep e Seduc sobre contrato de interinos não avança
Terminou sem avanço a reunião, hoje, entre o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) sobre os professores interinos, cujos contratos foram encerrados em dezembro, mas a Seduc insiste que eles devem repor as aulas em janeiro sem receber e sem assinar um novo contrato. Dessa forma, a posição sindical é que os professores não são obrigados a retornarem às aulas, sem assinar contrato, ou seja, volta quem quiser e aqueles que não aceitarem tal condição não serão obrigados a repor aulas.
A Assembleia Legislativa e o Ministério Público Estadual (MPE) foram convidados, mas não enviaram representantes à reunião. As questões em debate são reflexos da greve de 67 dias realizada entre 12 de agosto de 17 de outubro do ano passado, a maior na história da categoria em Mato Grosso.
Dentre os pontos que foram discutidos, na avaliação do Sintep, o único avanço foi nas conversas acerca de um novo concurso para a educação que é reivindicado pela categoria. A secretária Rosa Neide Sandes disse que foi criada uma comissão interna para tratar do assunto e que as discussões já estão avançadas. Ela acredita que até março o edital será lançado.
No encontro também foram discutidas questões sobre o calendário escolar de 2014 e o Sintep acredita que a Seduc vai acatar o pedido da categoria para que as escolas tenham autonomia para montar o calendário. Mas precisam aguardar ainda a Seduc oficializar num documento as propostas e os termos que foram discutidos na reunião desta terça-feira.
Conforme o presidente do Sintep, Henrique Lopes do Nascimento, as reivindicações estão embasadas no acordo e na pauta que já foi compartilhada no ano passado durante a campanha salarial. Ele explicou que a audiência havia sido solicitada no dia 8 de fevereiro, um dia após os interinos retomarem o ano letivo 2013. A falta de um contrato que garantisse o pagamento dos profissionais da educação contratados confirmou a falta de cumprimento do acordo da greve por parte do governo estadual.
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