Negado pedido de shopping cuiabano
Justiça negou o pedido do Pantanal Shopping de proibir a realização do "rolezinho" nas dependências do estabelecimento. O local, que já recebeu o ato em dezembro passado, argumentou que os participantes causam tumulto e desordem.
A decisão foi dada ontem pelo juiz Yale Sabo Mendes Júnior, da 7º Vara Cível de Cuiabá. Em sua defesa, o shopping afirmou que o local está sendo cotado para receber o próximo "rolezinho", no dia 02 de fevereiro. O fato está sendo mostrado em conversas na rede social Facebook.
“Não se pode também perder de vista que esses encontros, que vêm ocorrendo nos shoppings centers, na verdade, não possuem o escopo de expropriação ou moléstia de posse, mas sim, a princípio, cingem-se tão-somente a uma reunião de determinado grupo de jovens que usualmente se relacionam pelas inúmeras redes sociais virtuais”, diz trecho da decisão.
Ainda de acordo com o juiz, por vivermos em um Estado Democrático de Direito, devemos ter respeito às ações individuais e coletivas legítimas e proteger toda e qualquer manifestação do pensamento, para que assim seja assegurado o direito de igualdade, de rir e vir, dentro outros.
O juiz associou o evento criado no Facebook, onde os idealizadores descrevem dar um basta no 'apartheid brasileiro', com as manifestações que tomaram o país no ano passado. Ele ressaltou que o movimento, mesmo registrando diversas cenas de tumulto e algazarra, não foram alvo de proibições na justiça. A decisão poderá ser recorrida no prazo de 15 dias.
O "rolézin no Tchópe", evento cuiabano, está sendo discutido nas redes sociais, e deve acontecer no dia 02 de fevereiro. Por fim, Yale Mendes afirma que cabe ao shopping tomar as medidas necessárias caso houver alguma deturpação no uso de direito à manifestação.A maioria dos responsáveis por lojas entende que não se deve selecionar quem pode ou não entrar no centro comercial, mas repudiam qualquer atitude que cause pânico e algazarra no local.
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