'Não tem só Pedro Taques de candidato', diz Jayme Campos

O senador Jayme Campos (DEM) afirmou, nesta segunda-feira (20), que o DEM pode abandonar o apoio à possível candidatura do senador Pedro Taques (PDT) ao Governo do Estado e formar outra aliança.

Insatisfeito com o “namoro” de Taques com o PR, bem como como os acenos para o deputado federal Wellington Fagundes (PR) assumir a vaga de candidato a senador na chapa, Campos revelou que se mostra aberto a negociações com outros partidos.

Atualmente, seis siglas apoiam o nome de Taques como pré-candidato ao Governo da oposição: PDT, PSB, PPS, PV, DEM e PSDB.

O PTB, liderado pelo ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo, está em negociação avançada para compor o grupo, e o PR, do senador Blairo Maggi, apesar de ser governista, mantém diálogo. 

“Vários outros partidos querem fazer coligação com o DEM. Não tem só o Pedro Taques de candidato. Eu já fui procurado pelo Carlos Bezerra (PMDB), que chamou o DEM para fazer parte da aliança que eles estão montando. José Riva (PSD) também me ligou e disse que quer conversar sobre política. O Daltinho (SDD) foi outro que me procurou para conversar. Cidinho (PR) também nos procurou com a pretensão de disputar o Governo”, disse Jayme Campos ao MidiaNews.  

“Temos que conversar com todos que nos procuram. Não podemos fechar as portas para ninguém, nesse momento. Faltam nove meses para as eleições e há muita especulação sobre as alianças e os candidatos. Eu, por exemplo, quero ser candidato à reeleição. E muita gente quer disputar para governador e busca formar alianças que sustentem esse projeto”, completou o senador democrata.

Dois candidatos

Jayme Campos ainda rejeitou a possibilidade de ter outro candidato a senador na mesma aliança, já que haverá apenas uma vaga em aberto para o Senado neste ano – justamente a cadeira que ele ocupa, já que o seu mandato se encerra em dezembro de 2014. 

A proposta de que Taques apoiasse dois candidatos foi feita pelo prefeito de Cuiabá e presidente do PSB em Mato Grosso, Mauro Mendes, que também está interessado em fazer uma aliança com o PR.

“Não vou ser passageiro desse barco. Ou temos apenas um candidato ao Senado na chapa, ou não tem aliança. Como vamos ter dois candidatos se só um será eleito? Nunca vi uma ideia como essa”, completou.