O fórum debate políticas públicas para o setor de transportes e formas de incentivar o uso da bicicleta como meio de locomoção. Segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que organiza o fórum, a capital fluminense tem a maior malha cicloviária do país com 320 quilômetros (km). O projeto é chegar a 450 km até 2016.
A corretora de imóveis Patrícia Góis, que participou da volta ciclística deste domingo, diz que pretende trocar o carro pela bicicleta, mas, por enquanto, encontra dificuldades. “Não tem ciclovia em toda a cidade, só nas partes de praia. Para a gente se locomover [pela cidade] precisamos de ciclovias maiores, além de educação e respeito dos motoristas em geral. É lógico que os ciclistas também têm um papel a fazer”, disse.
Já a bancária Fátima Luis destaca a falta de segurança como principal motivo para evitar a bicicleta como transporte no dia a dia. “Com certeza pedalaria mais se tivesse mais segurança. Acho que o governo poderia investir mais nisso. Não é só querer tirar o carro da rua, o governo precisa dar alternativa para isso”.
O atleta paralímpico e diretor da Federação Estadual de Ciclismo, Alarico Moura, disse que a conscientização das pessoas é fundamental para evitar acidentes com ciclistas. “Eu já sofri 16 acidentes em ciclovia, em Copacabana e Ipanema. Falta educação. A ciclovia não é usada só por bicicletas. Nas ciclovias da Barra [da Tijuca] anda até motocicleta. Falta massificar uma campanha de educação”, ressaltou.
O Fórum Internacional de Mobilidade por Bicicleta começou com uma visita à estação de trem de Santa Cruz, na zona oeste da cidade, onde um bicicletário e uma ciclovia permitem a integração com o transporte ferroviário. Amanhã, será realizado um seminário na Quinta da Boa Vista, na zona norte da cidade, com temas como educação no trânsito e experiências de outras cidades
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