Passageiros da Gol enfrentam filas para embarcar do aeroporto de Congonhas, em São Paulo;
Falta de tripulação provocou atraso de voos da Gol, diz sindicato
Balanço da Infraero (estatal que administra os aeroportos), divulgado às 20h desta segunda-feira, aponta que dos 711 voos da Gol programados em todo o país desde a 0h, 373 (52%) atrasaram mais de 30 minutos. Além disso, 90 (13%) voos foram cancelados.
"Participamos de duas reuniões para levar denúncias para a empresa sobre a questão da sobrecarga dos tripulantes. Nós cobramos algumas posições da empresa e ela tomou por liberalidade fazer alguns cancelamentos de voos para estancar esse problema", afirmou Dias à Folha.
O uso excessivo da tripulação, de acordo com o diretor, contraria as normas da aviação. "No primeiro semestre, tivemos 800 denúncias de funcionários por vários descumprimentos, entre eles o excesso de jornada e a falta de folga", disse.
O cumprimento das regras relativas à jornada de trabalho de seus tripulantes é o argumento que a Gol usou, hoje, para justificar os atrasos nos voos. De acordo com nota divulgada pela empresa, com grande quantidade de voos no último dia 30, "algumas tripulações atingiram o limite de horas de jornada de trabalho previsto na regulamentação da profissão e foram impossibilitadas de seguir viagem, gerando um efeito em cadeia".
De acordo com a Infraero (estatal que administra os aeroportos), o problema com a Gol foi provocado pela "implantação de um novo sistema de escalas, o que ocasionou a falta de tripulantes". A Gol disse ainda que o problema foi agravado pelo tráfego aéreo intenso.
Funcionários da companhia no aeroporto de Congonhas, que não quiseram se identificar, informaram que está sendo discutida uma possível paralisação geral para o próximo dia 13. A reivindicação seria reajuste salarial e concessão de benefícios.
Comentários