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Polícia
Quinta - 12 de Setembro de 2013 às 10:04

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O Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia por homicídio qualificado contra três policiais militares pela morte do agente prisional Wesley da Silva Santos, 24 anos, e do preso Uenes Brito dos Santos, 22 anos, ocorridas durante um motim na Penitenciária Central do Estado (PCE), em 20 de junho de 2011.

Os soldados Adilson de Oliveira, Gilsoney Martins César e Enézio Manoel da Silva Santos também deverão responder a processo por duas tentativas de homicídio também cometidas na ação. Na denúncia, o promotor Reinaldo Rodrigues de Oliveira Filho afirma que os PMs abriram fogo na direção de presos e agentes prisionais sem dar a nenhum deles qualquer possibilidade de defesa. Para o promotor, foram os tiros disparados por estes militares que causaram a morte de Wesley, que naquele dia cumpria o 3º plantão na unidade, e não um golpe de "chuço" (faca artesanal fabricada pelos presos), conforme escrito em laudo do Instituto Médico Legal (IML).

Conforme o documento, no dia do motim Wesley e um outro agente prisional retiraram presos de 4 raios diferentes da unidade prisional. Eles seriam encaminhados para atendimento médico e da Defensoria Pública, "momento em que o agente prisional foi dominado pelo detento Uenes mediante ameaça empreendida com uma arma branca similar a uma faca". Quando percebeu a movimentação, Gilsoney, que conforme investigação da delegada Anaíde de Barros estava junto ao posto de contenção, efetuou um disparo de fuzil. "Na sequência, o grupo de contenção se deslocou do raio I até o corredor central da penitenciária, e os denunciados começaram a efetuar diversos disparos de arma de fogo".

O laudo da balística mostra que Oliveira foi o que mais atirou, 24 vezes com uma pistola calibre .40. César deu 1 tiro de fuzil, calibre 556, e Santos deu 6 tiros, 2 com munição antimotim e 4 com balas de verdade. Wesley morreu na PCE e Uenes no Pronto Socorro de Cuiabá.

Reinaldo destaca que no local do crime nenhum chuço foi recolhido. Das facas apreendidas, nenhuma apresentava marcas de sangue. Além disso, testemunhas oculares foram unânimes em afirmar que Wesley não foi atingido por nenhum golpe de arma branca.

 

 






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