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Nacional
Terça - 17 de Agosto de 2010 às 19:23

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A juíza Cláudia Nascimento Vieira, da 1ª Vara de Família de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, disse, nesta terça feira, que os estudos psicológicos realizados durante as investigações de maus-tratos na menina Joanna Cardoso levaram à necessidade de restabelecer o convívio da criança com o pai, sem a interferência da mãe. Além disso, nada contra-indicava a permanência da menina com o pai. Joanna faleceu na sexta-feira, dia 13, vítima de parada cardíaca, no Hospital Amiu, em Botafogo, onde estava internada desde o dia 19 de julho.

O pai, o funcionário público André Marins, disputava a guarda da menina com a mãe, a médica Cristiane Marcenal, desde março de 2007. Neste período foi realizado um estudo social e dois estudos psicológicos do caso, com a participação de três psicólogos diferentes, além de terem sido expedidos vários mandados de busca e apreensão, para o cumprimento das decisões judiciais que determinavam a visitação paterna.

Segundo a juíza, houve uma notícia de maus-tratos em 2007, que resultou na suspensão judicial da visitação do pai, por nove meses. No entanto, com a realização do primeiro estudo psicológico, foi constatada a inexistência de maus-tratos, sendo indicada a volta da visita paterna.

A juíza Cláudia Nascimento lamentou a morte da menina destacando que, se os alegados maus-tratos forem confirmados, será uma surpresa, pois "até o momento, não havia prova disto nos autos do processo que tramita neste Juízo de Família". A magistrada disse que não pode dar outras informações, pois o processo corre em segredo de Justiça, e não se pode esquecer que o fato de a criança ter sido internada por problemas de saúde não guarda relação com o processo onde se discutia sua guarda e visitação.

Entenda o caso
Joanna morreu no início da tarde de sexta-feira no Hospital Amiu, em Botafogo, na zona sul, onde estava internada em coma desde o dia 19 de julho. Segundo o hospital, a menina sofreu uma parada cardíaca.

A menina foi internada no CTI do hospital da zona sul com um edema cerebral, hematomas nas pernas e sinais de queimaduras nas nádegas e no tórax, segundo parentes. A suspeita era que ela teria sido espancada e torturada pelo pai. O caso foi levado para a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav).

Na investigação, a polícia descobriu que a menina havia sido atendida em outro hospital, o Rio Mar, na zona oeste, onde um falso médico teria dado alta a ela quando ainda estava desacordada. Ele foi identificado como um estudante do 5º período de Medicina.

Em depoimento, o estudante afirmou que havia sido contratado por Sarita Pereira, que teria uma clínica que prestava serviços ao Rio Mar. Ainda segundo a polícia, Souza afirmou que a mulher forneceu a documentação e o carimbo com nome e a inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM) de um médico para que ele usasse nos atendimentos.





Fonte: Terra

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