O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, criticou, nesta terça-feira, a greve dos médicos-residentes, que reivindicam aumento no valor da bolsa-auxílio. Para ele, a paralisação da categoria, iniciada hoje, é equivocada porque o governo está aberto a negociar.
Os residentes querem reajuste de 38,7% na bolsa, que tem valor atual de R$ 1.916,45. Os ministérios da Saúde e Educação oferecem um aumento de 20% a partir de 2011. A Associação Nacional dos Médicos-Residentes informou que deve decidir amanhã se acata ou não a proposta do governo federal. Em alguns Estados, os residentes defendem a continuação da greve.
Para Temporão, a proposta do governo "é boa" e deve ser analisada pela categoria. Ele afirmou que compreende as reivindicações dos residentes, mas diz que a greve prejudica o atendimento à população e compromete a formação dos estudantes.
"Discordo da maneira que eles iniciaram um processo grevista, quando ainda temos muito espaço para conversar e negociar. Acho que a greve é o caminho equivocado", afirmou, acrescentando que o pagamento da bolsa é feito pelo Ministério da Educação.
A associação dos residentes estima que cerca de 17 mil aderiram à greve, o que corresponde a 80% da categoria que atua na rede pública federal de saúde.
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