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Política
Quarta - 18 de Agosto de 2010 às 07:02

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O relatório final da Polícia Federal sobre o inquérito da Operação Satiagraha que investigou o fundo de investimentos Opportunity Fund, sediado nas Ilhas Cayman, aponta que 42 cotistas usaram a carteira para fazer operações financeiras ilegais, informa reportagem de Flávio Ferreira, publicada nesta quarta-feira pela Folha.

O fundo investigado é ligado ao grupo Opportunity, que é comandado pelo banqueiro Daniel Dantas, réu acusado de ter cometido crimes financeiros apurados na operação da PF.

O grupo de cotistas, formado majoritariamente por empresários, foi indiciado por evasão de divisas. Dois deles também foram acusados de lavagem de dinheiro.

Um administrador do Opportunity Fund foi indiciado sob acusação de gestão fraudulenta, evasão de divisas e formação de quadrilha.

Os investidores moravam no Brasil, mas aplicavam no fundo, baseado nas Ilhas Cayman, isentando-se de pagar imposto.

OUTRO LADO

O grupo Opportunity informou ontem que não teve acesso ao relatório final da Polícia Federal e negou as acusações relativas ao Opportunity Fund.

Segundo nota da assessoria do Opportunity, o grupo requisitou o inquérito "inúmeras vezes" mas não teve a oportunidade de contestá-lo. "A pressa na conclusão demonstra a vontade de condenar independentemente de novas informações", relata.

A nota afirma que o Opportunity não "oferecia a seus cotistas a "oportunidade de burlar o fisco", mesmo porque o Opportunity não faz captação de clientes pessoas físicas e jurídicas, o que é feito por bancos estrangeiros." 






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