Empresas brasileiras gastam 517% a mais na compra de estrangeiras
O volume gasto por companhias brasileiras na compra de empresas estrangeiras no primeiro semestre de 2010 cresceu 517%, passando de R$ 6,4 bilhões na primeira metade de 2009 para R$ 39,5 bilhões.
Segundo o levantamento, divulgado nesta terça-feira pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), foram registradas 18 operações de janeiro a junho deste ano.
O valor é o maior já registrado num primeiro semestre desde 2006, quando teve início o levantamento, e representa 46,6% do total movimentado por fusões e aquisições de janeiro a junho no Brasil --R$ 84,8 bilhões, também maior volume dos últimos cinco anos.
No primeiro semestre de 2009, a compra de estrangeiras por brasileiras representaram apenas 10,8% das operações de fusões e aquisições.
Ao todo, foram anunciadas 59 operações no primeiro semestre de 2010, 22,9% a mais do que no mesmo período de 2009 (48), informou a Anbima. As aquisições de empresas nacionais por brasileiras foram as mais numerosas (25, que movimentaram R$ 17,8 bilhões).
Houve também 12 aquisições de brasileiras por estrangeiras (R$ 16,8 bilhões), e quatro aquisições entre estrangeiras (R$ 10,7 bilhões) que envolveram companhias brasileiras.
Segundo ranking da Anbima, a maior operação de aquisição registrada no primeiro semestre foi a joint venture entre a Shell e a Cosan, com volume de R$ 11,6 bilhões. A segunda maior foi a venda dos ativos de alumínio da Vale para a Norsk Hydro, por R$ 8,5 bilhões.
Em terceiro e quarto lugares, estão a aquisição da Bunge pela Vale (R$ 7 bilhões) e a compra dos ativos brasileiros da Devon Energy Corporation pela BP (R$ 5 bilhões).
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