Esta é a primeira vez que uma relação como esta, há muito tempo polêmica, foi estabelecida clinicamente, precisaram os pesquisadores da faculdade de medicina de Boston (Massachussetts, nordeste), cujo trabalho foi publicado no Journal of Neuropathology and Experimental Neurology de setembro.
Os autores desta pesquisa, que incluem a Dra. Ann McKee, professora adjunta de neurologia e patologia, examinaram cérebros e medulas espinhais de doze atletas mortos, que doaram os órgãos para estudos.
Eles descobriram que os todos os doze ex-atletas sofriam, no momento de suas mortes, de encefalopatia traumática de pugilista, comum em ex-boxeadores e que leva à deterioração progressiva das funções cognitivas e motores.
Essa doença se caracteriza pelo depósito anormal da proteína Tau. Médicos acreditam que a substância resulta de traumatismos repetitivos na cabeça.
Três desses antigos campeões, dois de futebol americano e um de boxe, foram diagnosticados com a doença de Charcot (esclerose lateral amiotrófica), uma neuropatia progressiva de causas desconhecidas, que resulta na degeneração dos neurônios, das células nervosas, no cérebro e na medula espinhal.
A doença, também conhecida como de Lou Gehrig, nome de um famoso jogador de baseball dos Estados Unidos que sucumbiu deste mal em 1941, leva à fraqueza e à atrofia muscular.
Todos os doze ex-atletas objetos do estudo foram submetidos a traumatismos repetitivos na cabeça, precisaram os pesquisadores que também descobriram que dez deles também tinham outra proteína anormal no cérebro, chamada TDP-43.
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