Uma professora foi presa nesta quarta-feira em Piritiba (322 km de Salvador). Luciana Sampaio é acusada de simular uma gravidez e negociar a compra um bebê de uma mulher da cidade vizinha de Tapiramutá.
Luciana disse aos policiais que engravidou e perdeu o filho quando o feto estava com cerca de cinco meses. Ela escondeu o fato do marido e procurou uma grávida que não tivesse condições de assumir uma maternidade. A professora encontrou Adriana Pereira, 19 anos, na cidade vizinha de Tapiramutá, que aceitou entregar a criança em troca de R$ 1 mil.
Segundo as investigações da polícia, a ligação entre as duas mulheres era feita por uma intermediária chamada Lucinete Ferreira de Souza. No dia do parto, Lucinete levou Adriana ao hospital de Tapiramutá. Para dar entrada na unidade, Adriana apresentou uma certidão de nascimento de Luciana. Informada de que a hora do parto havia chegado, Luciana também se dirigiu para o hospital. Ao chegar, teve uma queda de pressão e precisou ser internada.
Segundo o delegado José Adriano da Silva, o incidente foi simulado. O propósito seria conseguir a internação e sair do hospital com o bebê, pois a unidade tinha o registro do parto de uma mulher com o mesmo nome. Luciana foi socorrida pela técnica de enfermagem Elitânia Maria Santos, que segundo a polícia, também fazia parte do plano e teria orientado Adriana a apresentar um documento de Luciana sem foto (a certidão de nascimento), para facilitar a fraude.
De acordo com a polícia, as quatro mulheres envolvidas cometeram crimes de forjar parto alheio como próprio, formação de quadrilha, falsificação de documento, falsa identidade e falsidade ideológica. Somadas, as penas podem chegar a 15 anos de prisão.
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