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Cidades
Quinta - 12 de Setembro de 2013 às 18:54

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Três integrantes de uma família de fazendeiros foram condenados pela Justiça por tráfico interestadual de drogas, juntamente com outros dois membros de outra família de Minas Gerais. Somadas, as penas chegam a 64 anos de prisão. A organização criminosa, conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) que foi aceita pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Vara Especializada Contra o Crime Organizado de Cuiabá, atuava na fronteira com a Bolívia, já que uma das famílias morava em Porto Esperidião, a 358 quilômetros de Cuiabá, na divisa com o país vizinho.

Essa família de Porto Esperidião recebia a droga e a entregava para outra família de outro estado, responsável por negociar com traficantes de outros estados, principalmente para Minas Gerais, Piauí, Ceará, Pará, Tocantins e Maranhão.

Os acusados foram presos em 2011 durante a Operação "Mahyah". Ao todo, 41 suspeitos de envolvimento com o tráfico interestadual foram detidos em Mato Grosso e em outros 10 estados brasileiros, na ocasião. Durante a operação foram apreendidos 11 carros de luxo, entre veículos nacionais e importados. A PF também recolheu um revólver, uma pistola e uma carabina, além de uma quantia ainda não revelada de dinheiro. Depois, foram soltos após decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Carros de luxo foram apreendidos durante operação (Foto: Divulgação / Polícia Federal)


Carros de luxo foram apreendidos durante
operação (Foto: Divulgação / Polícia Federal)

A família de Porto Esperidião teria tentado comprar decisões judiciais favoráveis, que resultou na Operação Assepsia, deflagrada neste ano após investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Por conta disso, cinco pessoas, sendo o advogado da família e um servidor do Poder Judiciário.

Para tentar obter a decisão em favor dos acusados, o grupo teria assediado um assessor jurídico da Vara Especializada contra o Crime Organizado, Ordem Tributária e Econômica e Administração Pública. Na primeira tentativa de negociação, o advogado disse para a vítima que parte do R$ 1 milhão oferecido como propina seria destinada a um desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), "para convencer o assessor a aderir à falcatrua, a pretexto de influir em decisão do desembargador em segunda instância", como diz trecho do inquérito.

O assessor jurídico teria recebido as propostas por duas vezes, sendo que na primeira foi oferecido R$ 1 milhão e, na segunda, R$ 1,5 milhão.





Fonte: Do G1 MT

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