Uma equipe de cientistas chefiada por Patrice Carter, da Universidade de Leicester (centro da Inglaterra), revisou seis estudos feitos com 200 mil pessoas que exploraram o vínculo entre o consumo de frutas e vegetais e o diabetes tipo 2, normalmente ativada na idade adulta.
Comer uma ou meia porção extra de vegetais verdes reduziria em 14% o risco de desenvolver diabete, mas ingerir mais frutas e vegetais combinados demonstrou ter um impacto desprezível.
A diabete tipo 2, a forma mais comum da doença, se espalha rápido entre os países de economias em desenvolvimento, à medida que suas populações adotam uma dieta rica em gorduras e açúcar, e seguem um estilo de vida sedentário.
Mais de 220 milhões de pessoas de todo o mundo são afetadas pela doença, que mata mais de um milhão de pessoas por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). À medida que aumenta a taxa de obesidade, o número de mortes poderá dobrar entre 2005 e 2020, acrescentou a OMS.
A alimentação e a prática de exercícios são formas de prevenção conhecidas, mas quais alimentos funcionam melhor e porquê permanecem questões sem resposta, em face dos poucos estudos realizados sobre qualidade.
A equipe de Carter sugere que os vegetais de folhas verdes são úteis porque são ricos em antioxidantes e magnésio. No entanto, é preciso realizar mais estudos para sustentar esta afirmação.
Em um estudo separado, publicado na quarta-feira no British Journal of Pharmacology, cientista chineses informaram que um composto extraído de várias ervas chinesas ajudaram a reduzir o impacto da diabete tipo 2 em camundongos.
O composto, conhecido como emodina, inibe a enzima chamada 11-Beta-HSD1, que desempenha um papel na resistência à insulina, hormônio que ajuda a remover o excesso de açúcar do sangue. Segundo o artigo, a emodina pode ser extraída das ervas chinesas ruibarbo (Rheum palmatum) e fallopia japônica (Polygonum cuspidatum), entre outros.
"Os cientistas precisariam desenvolver elementos químicos que têm efeitos similares aos da emodina, e estudam quais deles poderiam ser usados como medicamento terapêutico", disse Ying Leng, do Instituto de Matéria Médica de Xangai.
A doença é controlada com injeções de insulina e a adoção de uma dieta de controle dos níveis de açúcar. Se não for controlada, a doença pode provocar problemas cardíacos, cegueira, amputações e falência renal.
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