O colegiado de bispos, que se reuniu entre os dias 17 e 19 de agosto, não citou casos específicos de TREs que não aplicaram a Ficha Limpa, mas disse esperar que as instâncias judiciais superiores corrijam interpretações divergentes da legislação. "Estamos seguros de que seus eventuais equívocos serão reparados pela posição segura do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)", disse a CNBB em nota.
"A conquista da Lei da Ficha Limpa mobilizou o povo brasileiro na esperança de ver banidas as práticas da corrupção no cenário político do País. Nesta perspectiva, a sociedade almeja a sua plena aplicação nas eleições de 2010. Esperamos das instâncias do Poder Judiciário que têm a missão institucional de arbitrar as controvérsias em torno da aplicação da lei, marcadamente do Tribunal Superior Eleitoral e Supremo Tribunal Federal, o mesmo empenho efetivo que houve no Congresso Nacional na aprovação da iniciativa popular", defendeu a entidade.
Pela manhã a candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, se reuniu com a cúpula da CNBB e destacou a importância de projetos sociais desenvolvidos por agremiações religiosas. A candidata fez questão de ressaltar ainda o papel da representação católica no auxílio a perseguidos do regime militar. Ela se disse "uma devedora" da CNBB pelo fato de os religiosos terem se manifestado de forma veemente contra o regime de ditadura militar no Brasil.
A ex-ministra, que integrou movimentos de esquerda nos anos de chumbo, observou que os integrantes da entidade "tiveram a ousadia de se levantar contra a ditadura".
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