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Economia
Sexta - 20 de Agosto de 2010 às 12:13

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira que a avaliação das reservas do pré-sal para a capitalização da Petrobras levará em conta apenas critérios técnicos.

Mantega, que também é presidente do conselho de administração da Petrobras, destacou não haver problema em acumular os cargos em meio ao processo e garantiu que não haverá manipulação para favorecer qualquer lado.

"A capitalização da Petrobras será feita de acordo com uma retaguarda técnica com bases concretas. Então, não se trata de um jogo, quem vai ganhar, quem vai perder, vou puxar um pouco para a União, vou puxar um pouco para a Petrobras. Estou nos dois lados, não posso puxar para nenhum lado. Tem que ser absolutamente justo e tem que ser aquilo que as análises técnicas definirem", disse após participar da assinatura de empréstimo de US$ 1 bilhão do Banco Mundial para a Prefeitura do Rio, no Palácio da Cidade.

O objetivo da análise é mapear 5 bilhões de barris que serão usados no processo de cessão onerosa. A União vai ceder esse volume à estatal, e a partir do preço das reservas, vai ser definido o valor que a Petrobras terá que captar na Bolsa, na oferta de ações que será feita, e também quanto o governo terá que aportar para manter sua participação na empresa.

O governo estaria insatisfeito com a avaliação do mercado de que cada barril que a União dará à Petrobras na capitalização seja cotado entre US$ 5 e US$ 6.

O valor é considerado baixo e o governo teria dito que só aceitaria um preço superior do barril. Do contrário, poderia inviabilizar a capitalização. Isso porque um preço mais alto significa mais ações. Um preço mais baixo, menos. Interessa à Petrobras um preço menor

ADIAMENTO

Sobre um possível adiamento do processo de capitalização, previsto para setembro, Mantega informou que as análises estão dentro dos prazos e vai procurar cumprir o cronograma traçado.

O ministro não revelou os valores das análises preliminares, que foram entregues ontem pelas certificadoras contratadas pela ANP e Petrobras. De acordo com Mantega, o valor do barril não será o único parâmetro para definição do processo. Ele acrescentou que as informações recebidas ontem ainda estão sujeitas a mudanças.

"Vamos nos debruçar sobre esses dados e fazer uma análise profunda. Vamos pedir explicações sobre os resultados porque não é o único dado que tem. Há vários dados a serem analisados, como o potencial das áreas, tempo de duração, rentabilidade, enfim, tudo isso tem que ser analisado com profundidade. Não dá para chegar em 15 minutos, olhar os dados e ter uma conclusão." 






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