Os abscessos – infecções com acúmulo de pus, cercadas por tecido inchado e inflamado sob a aréola, a pequena área circular que envolve o mamilo – podem se desenvolver de um mês a sete anos após o mamilo ser perfurado. Eles são muitas vezes recorrentes, difíceis de tratar e podem exigir cirurgia.
Embora casos individuais tenham sido relatados, o novo estudo, publicado no “The Journal of the American College of Surgeons”, é o primeiro a documentar o risco associado aos piercings de mamilo, explica o principal autor, Vinod Gollapalli, cirurgião da Universidade de Iowa.
O estudo foi relativamente pequeno, comparando um grupo de controle a 68 pacientes da universidade, que tinham abscessos nas mamas não causados por fatores óbvios de risco – como câncer de mama e radiação.
O piercing nos mamilos foi associado a um aumento de 10 a 20 vezes em abscessos sub-areolares ao longo de quase seis anos, de janeiro de 2004 a novembro de 2009. Outro fator de risco foi o cigarro, com um aumento de seis a oito vezes.
Para mulheres que estão cogitando fazer um piercing no mamilo o recado é que “esse não é um procedimento totalmente benigno”, diz Gollapalli. Mesmo quando o piercing é aplicado adequadamente, a presença de um material estranho no corpo pode ser um ponto focal para infecções.
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