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Saúde
Sexta - 20 de Agosto de 2010 às 22:32

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Pesquisadores, estudantes e profissionais de saúde e de outras áreas podem concorrer a prêmio de até R$ 55 mil com trabalhos voltados ao uso racional de medicamentos – ou seja, prover o produto correto, ao menor custo, apropriado às condições clínicas do paciente, com dose e tempo de uso adequados. Os recursos estão previstos na segunda edição do Prêmio Nacional de Incentivo à Promoção do Uso Racional de Medicamentos. Criada pelo Ministério da Saúde, por meio do Comitê Nacional para Promoção do Uso Racional de Medicamentos, a iniciativa quer estimular o desenvolvimento de alternativas que possam ser aplicadas na rede pública e demais serviços de saúde. As inscrições seguem abertas até 15 de setembro e podem ser feitas pelo site www.saude.gov.br/premio.

O prêmio é organizado em seis categorias diferentes (veja quadro). Profissionais de saúde, de outras áreas e gestores podem inscrever experiências bem-sucedidas desenvolvidas no local de trabalho. São quatro categorias acadêmicas, divididas em: tese de doutorado; dissertação de mestrado; monografia de especialização ou residência; e de graduação. A sexta categoria se refere a trabalhos feitos por instituições, meios de comunicação ou da área cultural.
 
PESQUISA E PRÁTICA - Entre os critérios analisados na concorrência, destaca-se a possibilidade de as iniciativas contribuírem com o Sistema Único de Saúde. A previsão é que a lista dos finalistas saia em outubro. “Fala-se muito em automedicação ou mesmo em banalização do uso de medicamentos no Brasil, contudo há pouca investigação científica sobre o assunto. Essa é uma área muito nova, e o prêmio vem exatamente incentivar a abordagem do tema, não só acadêmica, como também dentro da rede de saúde”, afirma o diretor de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Júnior.
 
Na primeira edição do prêmio, em 2009, um dos vencedores, a Secretaria Municipal de Saúde de Ibiraçu, no Espírito Santo, apresentou o projeto Saúde da Gente, com ações para orientar a população, principalmente idosos, sobre o uso correto de medicamentos. Em palestras e visitas domiciliares, profissionais de saúde e agentes comunitários de Saúde da Família esclarecem dúvidas sobre práticas comuns da população, como dissolver comprimidos, guardar remédios na geladeira ou tomar duas doses quando um dos horários é esquecido.
 
INICIATIVAS - Na categoria dissertação de mestrado, o vencedor do ano passado foi Camilo Guidoni, que realizou um estudo sobre o uso de medicamentos para diabetes na rede pública de Ribeirão Preto, em São Paulo. O trabalho foi concluído na Universidade de São Paulo e apontou que 96,5% dos pacientes com diabetes utilizam remédios orais e insulina dentro do intervalo terapêutico recomendado pelo Ministério da Saúde e por diretrizes internacionais. A pesquisa mostrou ainda que 70% deles pegam o medicamento nas Unidades Básicas de Saúde.
 
Além do prêmio, o Ministério da Saúde desenvolve outras ações com o objetivo de promover o uso racional de medicamentos. Entre elas, destaca-se a capacitação de gestores e profissionais de saúde em assistência farmacêutica. Já foram realizados 10 cursos de pós-graduação nessa área, além de turmas a distância. Essas atividades são coordenadas pelo Comitê Nacional para Promoção do Uso Racional de Medicamentos.
 
Categorias e prêmios
1) Experiência bem sucedida de profissionais nos serviços de saúde: R$ 15.000,00
2) Tese de doutorado: R$ 12.000,00
3) Dissertação de mestrado: R$ 10.000,00
4) Monografia de especialização e/ou residência: R$ 8.000,00
5) Trabalho em nível de graduação: R$ 5.000,00
6) Trabalho desenvolvido em: entidades/instituições; meios de comunicação; e no âmbito da cultura: R$ 5.000,00






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