As equipes de resgate informaram que uma sonda perfurou quase 700 metros sob o solo e alcançou um túnel próximo ao local onde os mineradores devem ter procurado abrigo depois que a mina desabou, no dia 5 de agosto. Por meio desta sonda é que foram ouvidas as batidas.
Alguns veículos de comunicação locais reportavam que os mineiros estavam vivos, mas ainda não havia confirmação oficial.
Não houve contato com os mineradores desde o desmoronamento da pequena mina de ouro e cobre perto da cidade de Copiapo, no norte do país.
"Obviamente, há um grau de felicidade," afirmou o ministro da Mineração, Laurence Golborne, à televisão estatal, na entrada da mina, onde parentes dos trabalhadores presos acampam há mais de duas semanas.
Ele acrescentou, contudo: "Não há nada de concreto... Estamos falando de tubos de perfuração de 700 metros, então as batidas podem ser pedras caindo."
Golborne disse que as equipes de resgate estão removendo a broca para descer uma câmera e microfones em uma tentativa de localizar e contatar os mineradores. Engenheiros também planejam usar um pequeno buraco para descer alimentos, água e tochas.
"Estamos animados," disse um membro das equipes de resgate à televisão estatal. "Alguns de nossos companheiros dizem que ouviram eles batendo na broca e responderam. Essa foi toda a comunicação que houve."
O presidente Sebastian Pinera deve visitar a mina neste domingo.
Os mineradores estão sete quilômetros adentro da mina, cerca de 700 metros verticalmente sob o solo. Autoridades esperam que eles tenham tomado abrigo em uma câmara equipada com oxigênio e estão racionando comida e água.
Equipes de resgate dizem que podem demorar até quatro meses para cavar um novo túnel e encontrar os mineradores, após a rampa principal da mina ter desmoronado.
O governo disse no começo deste mês que a probabilidade de encontrar sobreviventes era pequena.
Pinera demitiu duas autoridades da instituição reguladora da atividade mineradora do Chile e prometeu uma grande reforma na agência depois do acidente.
Grandes acidentes em minas são raros no Chile, mas o governo diz que a mina San José, cuja dona é a empresa local Compania Minera San Esteban Primera, sofreu uma série de problemas e 16 trabalhadores morreram nos últimos anos.
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