Um ano após o crime, mãe de Reginaldo espera condenação de seguranças

Um anos após o assassinato do vendedor ambulante Reginaldo Donnan Queiros, a reportagem do site TVCA voltou à casa da família para conversar com a mãe do vendedor. Dona Odaísa Donnan Queiroz ainda se emociona ao lembrar do filho e da forma cruel como ele foi assassinado. Apesar do sofrimento provocado pela ausência do filho e pela saudade, a esperança de que a justiça será feita traz um pouco de conforto ao coração de mãe.

De acordo com os autos da investigação, Reginaldo foi espancado até a morte por quatro seguranças do shopping Goiabeiras, em Cuiabá, no dia 29 de agosto de 2009 dentro do shopping. Ele foi agredido durante meia hora e em seguida colocado em um contêiner de lixo para que fosse retirado do local sem chamar a atenção.

Depois, ainda foi levado por um camburão da Polícia Militar para a delegacia e só então conduzido para o Pronto Socorro de Cuiabá. Reginaldo teve morte cerebral no dia 1° de setembro, segundo o boletim médico, devido ao traumatismo craniano provocado pelas agressões.

Julgamento

Os quatro acusados da morte de Reginaldo continuam presos. De acordo com determinação do juiz Lídio Modesto da Silva, da 2° Vara Criminal, eles serão submetidos a júri popular. O julgamento está marcado para o dia 28 de setembro deste ano.

Os acusados respondem por homicídio triplamente qualificado, fraude processual, furto e denúncia caluniosa. De acordo com Hélio Nishiyana, advogado da família de Reginaldo, se condenados, a pena máxima podem passar de 40 anos prisão para cada um dos acusados.

Indenização

Paralelo à ação criminal, a família de Reginaldo move uma ação civil com pedido de indenização contra o shopping. De acordo com o advogado da família de Reginaldo, o valor total pedido por danos materiais e morais é de R$ 3,5 milhões.

Depois da morte do filho, Odaíza Donnan de Queiroz conseguiu na justiça uma pensão do shopping no valor de um salário mínimo. Ela contou à nossa equipe de reportagem que o valor pago não é suficiente e que Reginaldo era responsável por boa parte da manutenção das despesas da casa.

*Jornalista Aldair Santos e estagiária Débora Lobo