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Sábado - 28 de Agosto de 2010 às 15:15

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Metade dos municípios brasileiros ainda usam lixões a céu aberto como destinos para os resíduos solidos.
Metade dos municípios brasileiros ainda usam lixões a céu aberto como destinos para os resíduos solidos.
O lixão do município de Vila Rica, no extremo do Vale do Araguaia, quase La perto da divisa com o Estado do Pará,  está servindo como fonte de “renda” para a sobrevivência de alguns cidadãos e cidadãos. Mas as condições são subumanas, degradantes, de dar pena de ver. A constatação foi feita por membros da Pastoral da Criança, do pastor Paulo Marcos Jahnke, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana.  E há um detalhe: já não é de hoje que a situação persiste.

Em meio ao mau cheiro, as moscas, e expostos a diversas doenças, o Antônio de  Sousa Brito, 58 anos, e Mateus Ligorio de Moraes Fernandes, 50, são alguns dos que sobrevivem do resto do resto. E para chocar mesmo a situação, eles contam que a alimentação é toda tirada do lixo depositado no lixão. O que nos chamou a atenção foram alguns alimentos que foram jogados no lixo sem ter vencido o prazo para consumo.

Manoel sobreviveu do lixão de Santana do Araguaia. no estado do Pará, por dez anos, está em Vila Rica desde maio deste ano. Moraes está a quase duas semanas, vivendo nas mesmas condições. Segundo informações dos moradores, até o inicio dessa semana, duas mulheres com seus filhos também estavam morando e sobrevivendo  do  lixão, voltaram de onde vieram, para  Santana do Araguaia-PA, por determinação do conselho tutelar de Vila Rica.

Coincidência ou não, durante a visita, uma equipe da Ação Social do município, chegou ao local. “A nossa esperança é  que algo   seja feito para que essas pessoas tenham  um  mínimo de dignidade” – diz Paulo Marcos. Cerca de um ano, a equipe de reportagem da Rádio Comiunitária Eldorado FM 87,9  esteve nesse mesmo lixão e registrou situações semelhantes, com outras famílias.

 Apesar de antigos, os lixões permanecem como realidade da grande  maioria das cidades em Mato Grosso. Até mesmo em Cuiabá, capital do Estado,  o caso representa grande problema. O Aterro Sanitário da cidade exauriu sua capacidade e a Prefeitura se debate contra o Ministério Público em torno do caso. Rodonópolis, segunda maior cidade do Estado, a realidade é a mesmo. O correto seria o município contar com aterro sanitário licenciado, atendendo normas de controle de poluição ambiental e proteção ao meio ambiente, mas não o tem. Com isso, materiais tóxicos e que podem causar danos ao meio ambiente continuam sendo uma ameaça constante mediante a existência dos lixões.





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