Entre as crianças de até 5 anos o problema persiste no país
Doença ainda ameaça
O problema do déficit de altura está concentrado na Região Norte (8,5%) e Nordeste (5,9%) e em famílias com os menores rendimentos. Entre os grupos com renda igual ou inferior a um quarto de salário mínimo é de 8,2%, mas persiste em famílias com ganhos superiores a cinco salários (3,1%), onde é menor, e também nas regiões Sul (3,9%), Sudeste (6,1%) e Centro-Oeste (6,1%).
A pesquisa destaca, no entanto, que a desnutrição está em queda desde a década de 1980. O percentual de déficit de altura de crianças entre 5 a 9 anos é de 7,2% entre os meninos e de 6,3% entre as meninas, menor que os índices de 1974 e 1989, quando foram registrados 29,3% e 14,7%, respectivamente, entre os meninos. Entre as meninas, os índices eram de 26,7% e 12,6%.
Entre os adultos, chama atenção o percentual de 5,5% de déficit de peso de mulheres da região rural do Nordeste, de 8,3% entre as mulheres na faixa dos 20 a 24 anos, de 5,4% entre aquelas com mais de 75 anos e de 5,7% entre as de menor renda. Todos esses quadros também podem ser classificados como desnutrição.
"A questão da desnutrição vem se reduzindo. Mas está coerente com outros estudos feito no país, tanto em termos da análise de idade entre os pequenos, com menos de 5 anos, quanto em déficit de peso nas outras populações por faixa etária", afirmou a pesquisadora do IBGE, Marcia Quinstlr.
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