“A pessoa sozinha pra dirigir e cuidar do garoto, só na cadeirinha”, conta o taxista Antonio Alves.
A primeira cadeirinha da Carol já ficou pequena e os pais foram comprar uma nova.
“O pezinho dela já está pra fora do bebê conforto, então achei que já estava ficando perigoso, acho melhor comprar uma maior porque assim ela vai usar bastante tempo” conta a analista de sistemas Daniela Comar.
“A gente fica mais tranquilo porque ela não fica se mexendo dentro do carro, fica lá naquela posição dela e a gente fica mais calmo lá na frente”, explica o engenheiro William Comar.
Estudos mostram que o uso adequado da cadeirinha pode reduzir em 70% as mortes em acidentes. O Conselho Nacional de Trânsito decidiu tornar obrigatório o uso de cadeiras ou assentos elevados em carros de passeio para crianças com até sete anos e meio. Para cada idade, há um tipo de equipamento.
A coordenadora nacional da Criança Segura, Alessandra Françóia, explica que o tipo apropriado de cadeirinha varia para cada tipo de criança de acordo com o peso e a idade.
Quem tem mais de sete anos e meio deve usar o cinto de segurança no banco traseiro. Segundo a ONG Criança Segura, acidentes de trânsito são a principal causa de morte de meninos e meninas no país: 2,1 mil crianças morrem todos os anos. E 40% delas eram ocupantes de veículos.
Quem transportar criança sem a cadeira ou assento pode levar multa de R$ 191, sete pontos na carteira e ainda ter o carro retido. A infração é gravíssima. A fiscalização está prevista para começar na próxima quarta-feira, mas em São Paulo a Polícia Militar diz que não vai multar ninguém nos primeiros cinco dias de setembro. Nesse período, os policiais vão fazer
operações para orientar os motoristas da capital.
"A gente vai orientar a medida exata, o equipamento exato que a criança vai utilizar pra fazer aquele tipo de transporte e liberar a pessoa. A partir do dia 6 a gente vai efetivamente estar fazendo as autuações", explica o capitão Paulo Sérgio de Oliveira, da PM de SP.
Em São Paulo o Ministério Público Federal entrou na Justiça para que táxis, vans escolares e ônibus também sejam obrigados a transportar as crianças nas cadeirinhas. Não basta ter o equipamento, é preciso usá-lo corretamente.
Num acidente recente em São Paulo, um bebê estava na cadeirinha mas acabou arremessado para fora do carro porque não foi preso ao cinto de segurança. Por sorte, a criança, uma menina de vinte dias, teve apenas ferimentos leves. A mãe, que prefere não aparecer, nem acreditou.
"Eu olho para ela eu fico emocionada. O tempo todo eu tenho vontade de chorar", diz.
Já em itu, no interior paulista, um carro ficou totalmente destruído depois de ser prensado por dois caminhões. A menina que estava no carro sobreviveu porque usava a cadeirinha, segundo os bombeiros.
É importante lembrar que é preciso verificar se a cadeirinha que o motorista está comprando tem o selo do Inmetro. Ele é o comprovante de que o equipamento foi testado e que será eficiente em manter a criança em segurança numa colisão ou numa freada, por exemplo.
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