O uso de tecnologia na coleta de dados ajudou a acelerar a apuração. Nunes lembrou que, no Censo anterior, referente ao ano 2000, os questionários eram de papel. Hoje, são eletrônicos. "A nossa estimativa era de que, até o momento, estaríamos caminhando para um terço do trabalho programado. Agora já estamos com mais de 40% do trabalho realizado", afirmou Nunes. Até o momento, em torno de 36,3 milhões de domicílios já foram visitados pelo instituto, dentro de um universo de 58 milhões em todo o País, estimado em 2009, o que representa 47% do total.
Segundo o IBGE, a média de pessoas por domicílio recuou, até o momento, de 3,79 moradores em 2000 para 3,37 este ano. "Ao longo da década, o IBGE já sinalizava este comportamento nas pesquisas estruturais. A PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) já indicavam este recuo de número médio de pessoas por domicílio", afirmou. "Agora, olhando o conjunto de dados do Censo, observamos que ocorreu mesmo este movimento de queda no número de pessoas vivendo por domicílio."
Ele comentou que o número de domicílios também está aumentando no Brasil. "É importante lembrar que estamos estimando um universo de 58 milhões de domicílios e, em 2000, o número de domicílios era em torno de 44 milhões", disse. "A população também deve aumentar", acrescentou. Ele observou que, em 2000, o Censo apontou 169 milhões de habitantes. "Olhando a evolução da população brasileira na década, estimamos que a população vai chegar aos 192 milhões de habitantes."
Oito municípios no País, de um total de 5.565 municípios, já foram 100% recenseados, de acordo com Nunes. É o caso de Lajeado Grande, Arvoredo, Pinheiro Preto e Entre Rios, todos em Santa Catarina; Oliveira de Fátima, em Tocantins; Santo Antônio do Rio Abaixo, em Minas Gerais; arquipélago de Fernando de Noronha, distrito de Pernambuco; e Borá, em São Paulo.
Atraso
No caso de São Paulo, 42% da população já foi recenseada. Nunes comentou que o Estado foi um dos prejudicados pelo atraso na entrega dos coletes aos recenseadores, por parte de uma empresa contratada pelo instituto. O atraso no envio de coletes fez com que, em São Paulo, a atividade do Censo começasse com uma semana de atraso, em comparação com outras localidades do País. Santa Catarina e Rio Grande do Sul também passaram pelo mesmo tipo de atraso, de acordo com o IBGE.
Até o momento, o porcentual de domicílios fechados - casas em que os moradores não foram encontrados ou se recusaram a responder ao Censo - é de 10%. A partir de hoje, o instituto vai disponibilizar balanços parciais da coleta de dados em sua página na internet (www.ibge.gov.br) A coleta de dados pelo IBGE vai até o dia 31 de outubro. A divulgação final dos dados do Censo está prevista para o dia 27 de novembro.
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