MPE cobra de Deucimar fitas gravadas de cheques usados para comprar votos

Promotores das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Cuiabá requisitaram ao presidente da Câmara Municipal de Cuiabál, vereador Deucimar Aparecido da Silva (PP), cópias de supostas imagens gravadas de quatro parlamentares recebendo dinheiro referente à votação para a nova mesa diretora do Parlamento Municipal. A requisição foi feita com base em informações divulgadas em sites de notícias de Cuiabá. A eleição deveria ter ocorrido no dia 25 passado, mas, diante do clima tenso, acabou sendo adiada.

No documento, os promotores de Justiça destacam que os fatos denunciados pelo presidente da Câmara Municipal podem, em tese, caracterizar ato de improbidade administrativa. Os representantes do MPE aguardam o material para a adoção das providências cabíveis. O ofício foi expedido nesta segunda-feira.

Durante a sessão, Deucimar disse que recebeu documento que comprovaria a compra de votos a favor do candidato Júlio Pinheiro (PPS). O adv ersário de Pinheuro, o vereador  Adevair Cabral (PDT) denunciou que os filhos do vereador Juca do Guaraná apresentaram três cheques que somavam R$ 120 mil para que ele votasse em Pinheiro. Além disso, o pedetista acusou também o vereador Levi de Andrade (PP), que é o titular da vaga que Juca ocupa, de ter recebido dinheiro para votar em Pinheiro.

O vereador Everton Pop (PP) também denunciou o suposto esquema liderado por Pinheiro. Ele disse ter visto os filhos de Juca na sala de Deucimar com os cheques na mão, porém afirma que não viu valores. Juca do Guaraná, no entanto, colocou panos quentes e disse que não “sabia nada”.

Além da acusação de compra de voto, Deucimar ainda acusou o ex-prefeito Wilson Santos de fazer pressão por voto dentro da própria Câmara ontem. O presidente cobra apoio porque nesses dois anos de mandato “sempre colaborou com a Prefeitura”. Santos esteve no Palácio Pascoal Moreira Cabral pela manhã para receber uma condecoração legislativa.