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Nacional
Sábado - 14 de Setembro de 2013 às 11:54

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Duas estudantes que tiveram fotos nuas divulgadas na internet prestaram depoimento em Luziânia, cidade goiana do Entorno do Distrito Federal. Segundo a polícia, uma das garotas, de 16 anos, disse que não enviou as mensagens para ninguém, mas que teria emprestado o celular para uma amiga.

A menina, que esteve na Delegacia da Mulher na tarde de sexta-feira (13) acompanhada pelos pais, afirmou que a foto foi tirada há cerca de três meses. A mãe da garota, que não quis se identificar, contou que ficou sabendo do caso na última segunda-feira (9), após ser chamada pela diretora da entidade onde a filha estuda. "A gente tá muito aflita. Sofrendo muito com isso e ela também. Humilhada na rua, na escola. Se ela não for culpada, que apareça o culpado, para ela não ficar sofrendo", lamenta.

A outra garota foi à delegacia no período da manhã. Após colher os depoimentos, a delegada responsável pelo caso, Dilamar de Castro, quer saber quem incentivou as meninas a tirar as fotos. "Vamos precisar inquirir as outras [meninas] que faltam. Também vamos buscar informações junto à escola e aos meios onde foram divulgadas as fotografias para que a gente possa verificar se houve um autor ou se um grupo teria transmitido", detalhou a delegada.

De acordo com a polícia, um novo vídeo com meninas nuas caiu na rede. Com ele, já são seis casos de adolescentes que tiveram material erótico divulgado na internet.

Repercussão
As postagens mostram as adolescentes nuas ou seminuas, em posições sensuais. Segundo o Conselho Tutelar, em todos os casos as fotos foram tiradas pelas próprias jovens. Na maioria das vezes, as fotografias acabaram feitas a pedido de namorados.

Fotos de adolescentes nuas vazam na internet e causam polêmica em Luziânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Fotos de adolescentes nuas vazam na internet e causam polêmica (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

O caso tomou grandes proporções com a ampla divulgação nas redes sociais. “Os comentários e boatos tomaram conta da cidade inteira. Nossa preocupação é frear isso”, afirma o conselheiro tutelar Maiko Maier. Para isso, o Conselho enviou uma resolução a todas as escolas da cidade com o objetivo de explicar o que pode ser feito nesses casos e alertar sobre a gravidade da situação.

“Uma publicação na rede social hoje, com esse avanço tecnológico, é uma imagem que vai perdurar por um bom tempo. Nesse caso, como são imagens eróticas que comprometem a índole do adolescente, pode acarretar em prejuízos futuros de alta gravidade”, alerta o conselheiro tutelar.

Ao menos dois pais já procuraram a Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, produzir e repassar fotos ou vídeos eróticos de menores é crime e pode levar a até seis anos de prisão.






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