"O Brasil sempre teve um comportamento em relação à Colômbia de não confundir os problemas internos da Colômbia com problemas do Brasil. Os problemas das Farc sempre foram da Colômbia. Todas as vezes que conversei com o presidente (Álvaro) Uribe, eu dizia que eu só digo qualquer coisa sobre as Farc com a concordância do governo da Colômbia. Quem discute esse assunto é a Colômbia e, à medida que ela entenda que alguém pode ajudar, é o governo da Colômbia que vai dizer e vai pedir ajuda", disse Lula, depois de almoço oferecido a Santos.
Mais cedo, Lula criticou o terrorismo como instrumento de luta política. Segundo ele, esse tipo de ação motiva conflitos regionais, revolta e até censura. No discurso, o presidente condenou as ações terroristas, mas não mencionou diretamente as Farc, nem o Exército da Libertação Nacional (ELN), os dois maiores grupos guerrilheiros em atividade na Colômbia.
O presidente colombiano escolheu o Brasil para ser o primeiro país visitado após sua posse, no último dia 7. "É um motivo de muito orgulho e muita alegria a presença do presidente Santos no Brasil", disse Lula.
O presidente também afirmou que espera que o próximo presidente brasileiro mantenha boas relações com a Colômbia. "Já tinha relação extraordinária com a Colômbia. Uma relação pessoal com presidente Uribe e espero que em meus quatro meses de mandato eu possa ter uma relação tão forte com o presidente Santos e que quem assumir a presidência do Brasil mantenha essa relação importante", disse.
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