Fim de incentivos fiscais afeta consumo das famílias
O consumo das famílias teve a 27ª alta consecutiva no segundo trimestre, mas segue em desaceleração, impactado pelo fim dos incentivos fiscais concedidos durante a crise. Em relação ao igual período no passado, subiu 6,7%, ante 9,3% de expansão no primeiro trimestre, na mesma comparação, de acordo com dados relativos ao PIB (Produto Interno Bruto), divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Também no segundo trimestre, houve elevação de 0,8%, ante os três meses imediatamente anteriores. É o pior resultado desde o primeiro trimestre de 2009, quando houve variação negativa de 0,1%.
Ainda nessa comparação, no primeiro trimestre, houve variação positiva de 1,4%. Nos três meses finais de 2009, a alta no consumo das famílias havia chegado a 1,9%.
Segundo Rebeca Palis, da gerência de Contas Trimestrais do IBGE, essa desaceleração é influenciada pelo fim dos incentivos fiscais dados pelo governo durante a crise econômica.
"Não dá para dizer que houve um arrefecimento forte, porque houve uma recuperação expressiva depois de queda no final de 2008, na comparação com o trimestre anterior. Então, compara-se com uma base mais forte, pelo crescimento logo após a crise", explicou.
PIB
Depois de forte expansão no primeiro trimestre, a economia brasileira tirou o pé do acelerador e cresceu 1,2% no segundo trimestre, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, de acordo com dados relativos ao PIB. No semestre, a alta foi de 8,9% ante o mesmo período do ano passado.
No primeiro trimestre, o PIB havia apresentado incremento de 2,7% em relação ao quarto trimestre de 2009. Em relação a igual período em 2009, a economia avançou 8,8%.
Ao todo, a economia movimentou R$ 900,7 bilhões no segundo trimestre.
A alta no semestre, de 8,9%, foi maior para um semestre desde o início da série, em 1996.
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