RS: PM é preso por extorquir contraventores de caça-níqueis

Um sargento da Polícia Militar do RS foi preso preventivamente na manhã de sexta-feira suspeito de extorquir contraventores de máquinas caça-níqueis em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre. Segundo o promotor de Justiça Criminal da cidade, Amilcar Macedo, outro oficial pode estar envolvido no esquema. A prisão faz parte das investigações da Operação Agregação.

"Chegamos à conclusão de que ele estava nos investigando, fazendo uso de medidas de contrainteligência e boicotando o trabalho que vinha sendo desenvolvido", disse o promotor. Em apenas uma semana, o policial teria feito cerca de 1.200 pesquisas sobre dados de outras pessoas. Entre os perfis acessados, além de um dos integrantes da equipe de investigação da Operação Agregação, estariam um Senador da República, um ex-Ministro de Estado, um integrante do 5º Comando Aéreo Regional e delegados de Polícia.

Segundo o promotor, "semanalmente o servidor da Brigada Militar passava na casa do denunciante para recolher o dinheiro. Para isso, utilizava carros da Casa Militar do Governo do Estado, local onde estava lotado". Amilcar afirmou que as investigações continuam e que existe a suspeita de que a prática de extorsão também pode ter sido adotada em relação a outros contraventores .

A Operação Agregação é composta pela Promotoria Criminal de Canoas, Núcleo de Inteligência do MP e Sessão de Inteligência do Comando de Policiamento Metropolitano. Os trabalhos começaram há três meses, após o recebimento de informações de que um contraventor era extorquido pelo policial há dois anos, em valores mensais que chegavam a R$ 6 mil.