De acordo com o delegado da PF Hélio Khristian, o Champion Bingo, na avenida Édson Passos, funcionava há pelo menos seis meses. A polícia chegou ao local através de uma denúncia anônima. A jogatina funcionava em um luxuoso salão na parte de trás da mansão. Lá, os clientes usufruiam de ar-condicionado e de um serviço de bar e cozinha.
Na chegada dos policiais, as cem máquinas estavam ocupadas. Eles constataram que os componentes eletrônicos, conhecidos como ficheiros ou noteiros, são importados da China, o que caracteriza a prática de contrabando. Esses mecanismos e as placas-mães foram levados pelos policiais. As máquinas ficaram no local, que foi lacrado, e serão recolhidas futuramente.
O delegado disse ainda que não é possível afirmar o montante faturado com o videobingo. Ele também não confirmou que o negócio fosse financiado por um famoso contraventor. "Por trás dessas máquinas geralmente há um contraventor famoso. As investigações sobre este bingo ficarão a cargo da Delegacia Fazendária da Polícia Federal", disse o delegado. Os crimes que devem ser investigados são exploração de jogo de azar, lavagem de dinheiro, contrabando e formação de quadrilha.
Apesar de afirmar que a estrutura encontrada no bingo é semelhante a outros existentes no Rio, o número de máquinas e o bom nível social dos clientes surpreendeu os policiais. No estacionamento estavam veículos como BMW, Land Rover e Audi. Cartazes no interior do salão informavam sobre a realização de uma feijoada, neste sábado, e de um rodízio de pizza, no domingo.
Em uma sala da mansão, os policiais encontraram uma central de monitoramento de oito câmaras. O PM preso, segundo a PF, era responsável pela segurança do local. Ele não teve o nome revelado. Os cinco funcionários presos podem ser indiciados por participação em contrabando. Todos os apostadores foram identificados e liberados.
O proprietário, responsável e locatário do local não foram encontrados. Eles também serão investigados pela PF.
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