Marina Silva anuncia voto em cidade natal
"Provavelmente irei dormir em Rio Branco e quero ser a primeira a votar na minha seção, localizada na sede do Incra. Depois pegarei o avião e irei para o meu comitê de campanha, em São Paulo, para acompanhar a apuração que nos levará ao segundo turno", afirmou a candidata.
Marina Silva reuniu mais de 100 familiares em um café da manhã em que foi servido pão-de-milho, mingaus de banana e farinha de tapioca e sucos de frutas tropicais. Ela e o pai, o ex-seringueiro Pedro Agostinho, de 83 anos, foram os destaques da mesa em que estavam suas seis irmãs e Arley, o único irmão.
"Estou aqui ao lado de um irmão que nos orgulha e de seis mulheres valentes, filhas do Pedro Augustinho, do seringal Bagaço, aonde mais de 200 famílias ali moravam. Não tínhamos absolutamente nada. Por um pequena fresta, uma de nós conseguiu fazer o Mobral e eu estou aqui nesta condição. Mas todas nós aqui temos as mesmas capacidades, inteligências e potencialidades. O que faltou foram as oportunidades e, por isso, a educação é minha prioridade", afirmou.
A candidata do PV resumiu a trajetória da família e contou que o pai ficou viúvo quando ela estava com 14 anos. Quando a BR-364, que liga Rondônia ao Acre, passou por dentro do seringal Bagaço, primeiro morreu a avó Sofia, em seguida a mãe, duas irmãs, o tio e um primo.
"Nós conseguimos atravessar muitas dificuldades, como a perda de duas irmãs seis meses antes de minha mãe falecer e a morte do meu tio xamã Pedro Mendes, que morreu no mesmo mês em que minha mãe morreu. Esta é uma família unida, que me fortalece", disse.
A candidata fez uma referência especial à Matilde, sua tia, que lhe deu o apelido de Marina. "O meu nome é Osmarina, mas a Matilde só conseguia falar Ormarina. Minha mãe não gostou e disse que iria chamar só Marina. Matilde, que me deu esse presente, tem a personalidade de uma criança de mais ou menos dez anos e ajudou a me educar".
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