O governador, que integra a coordenação de campanha do tucano, sequer participou do comício em Joinville, no norte do Estado, e nem recepcionou o companheiro no aeroporto local. Pavan se limitou a uma rápida passagem na Associação Comercial da cidade e saiu antes da comitiva que acompanhava o candidato. Ele também não se pronunciou aos empresários catarinenses. "Não há nada de errado. Tenho agenda e compromissos como chefe de estado", limitou-se a dizer.
Entre os tucanos, apenas o candidato ao senado Paulo Bauer e o postulante a uma vaga na Câmara Federal, Marco Tebaldi, participaram do comício de Serra.
A situação delicada tem explicação: Pavan nunca escondeu a revolta por ter sido preterido pela direção nacional do PSDB para que Serra tivesse mais palanque em Santa Catarina. Ele declarou que cuida apenas de sua "agenda como governador do Estado". Pouco antes do evento que levou Serra a Joinville, o governador cumprimentou formalmente o candidato do DEM à sucessão estadual, Raimundo Colombo e o ex-governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), que vem ocupando o lugar de maior cabo eleitoral do tucano no Estado em sua campanha à presidência.
Colombo fez questão de colocar rapidamente panos quentes no caso. Ele elogiou a postura de Pavan e afirmou respeitar sua decisão em não participar de atos da campanha eleitoral, apesar da posição de coordenador de campanha de Serra. "Eu, no lugar dele, faria o mesmo", disse. "Entendo a decisão e o posicionamento de Leonel Pavan e a respeito totalmente. É legítima. Ele está cumprindo a função de governador e deixando a campanha, o que é legítimo em decorrência de seu cargo e dos interesses do povo catarinense".
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