Silval descarta entrar no jogo
Se eleito, ele espera ao final do seu mandato ouvir da sociedade mato-grossense que valeu a pena lhe dar um voto de confiança. O governador Silval Barbosa (PMDB), candidato a reeleição, pondera que se preparou para assumir a gestão pública e para fazer um governo melhor do que o do seu antecessor e avalista, o ex-governador Blairo Maggi (PR), que é candidato a uma das duas vagas para o Senado.
Ex-prefeito de Matupá e ex-deputado estadual, Silval disse que nos últimos anos na função de vice-governador procurou conhecer profundamente o funcionamento da máquina do Estado e aliar a isto ao conhecimento da realidade dos municípios em qualquer região de Mato Grosso - o que lhe confere uma vantagem - conhecer os problemas e ter planejada as soluções que estão aos poucos sendo colocadas em prática.
O governador descartou entrar na onda dos candidatos de oposição que procuram provocar o governo com críticas infundadas e disse estar satisfeito com todas as coisas boas que o Estado e a sociedade puderam presenciar nos últimos anos dos dois governos.
A Gazeta - Por que o senhor decidiu concorrer ao governo do Estado?
Silval Barbosa - O momento é muito favorável, graças a minha trajetória política. Me preparei muito para isto. Como prefeito, depois como deputado, presidente e 1º secretário da Assembleia, minha carreira sempre se manteve graças a força do meu trabalho, mas quando assumi na condição de vice-governador passei ao lado de Blairo Maggi a conhecer a gestão pública, suas deficiências e a necessidade de se ter sempre parceiros para vencer os obstáculos. Sei tudo que a nossa gestão fez de bom para a sociedade e para Mato Grosso e naquilo que podemos avançar ainda mais. Vivemos um bom momento.
Gazeta - Mas qual momento é esse?
Silval - Do desenvolvimento acelerado em sua economia. Nós ajudamos a criar este momento com tudo que foi realizado pela gestão pública. Mato Grosso cresceu 10% nos últimos anos e nossa missão será dar continuidade a esse desenvolvimento, com uma nova matriz que é agregar valores e gerar oportunidades para a nossa gente. Não se enganem, só crescemos e somos bem vistos lá fora, porque fizemos nossa obrigação, recuperamos o Estado, mantemos seu equilíbrio financeiro e temos credibilidade. Essa credibilidade atrai as empresas e gera o desenvolvimento. Mais desenvolvimento representa mais recursos e maior investimento em saúde, segurança, educação, social e tanto outros setores.
Gazeta - Mas só isto não basta, é preciso um relacionamento com o governo federal?
Silval - Nós temos mais do que um relacionamento político com o governo do presidente Lula. Até mesmo com a então ministra, hoje presidenciável Dilma Rousseff, nós implementamos muitas ações que estão transformando Mato Grosso, como nos caso das rodovias federais e estaduais, das milhares de casas que construímos e ainda construiremos mais e os avanços obtidos em todos os setores, principalmente o do desenvolvimento industrial que é quem gera emprego e renda para todos.
Gazeta - Hoje o senhor se consideraria aliado de Dilma Rousseff?
Silval - Só sou aliado a ela e a mais ninguém. Não tenho palanques múltiplos. O PMDB está ao lado de Dilma e ela como eu nos preparamos juntos para governarmos, ela na sua história como ministra e eu como vice-governador. O presidente Lula abriu os caminhos, assim como Blairo Maggi. Agora a Dilma e eu vamos dar prosseguimento para Mato Grosso continuar a se desenvolver e a crescer e ajudar o Brasil a se consolidar como país em desenvolvimento.
Gazeta - E a importância do seu partido?
Silval - Só é o maior partido do país e vai nos ajudar a governar carreando recursos, nos ajudando assim como vai ajudar a governar o Brasil. Queremos mudar ainda mais Mato Grosso, avançar rumo ao desenvolvimento. Por isso estou determinado, animado e sei que o povo vai reconhecer ao final do meu mandato que valeu a pena me dar um voto de confiança para minha determinação de fazer uma boa gestão da coisa pública.
Gazeta - O senhor fala muito em melhorar os serviços públicos, mas como pretende fazer isto com a escassez de recursos?
Silval - Teremos nos próximos anos grandes impulsos, o primeiro é uma folga considerável no caixa do Tesouro Estadual com a quitação de parte da dívida pública que permitirá uma sobra considerável de recursos. Para se ter uma ideia, nos últimos seis anos Mato Grosso pagou R$ 6,5 bilhões em dividas de administrações passadas e parte deste recurso voltará a partir de 2012 para serem comprometidos pelo governo do Estado com o desenvolvimento e com uma saúde de melhor qualidade, um ensino de ponta e uma segurança confiável.
Gazeta - O senhor defende muito a interligação de todos os municípios com a Capital do Estado. Além disto o senhor conhece as deficiências das administração municipais, como ajudá-los?
Silval - Sim, serão cerca de 2,6 mil quilômetros que faltam para que 44 municípios de um total de 141 cidades de Mato Grosso sejam interligados por vias asfaltadas à Capital ou aos principais municípios pólos. Pode cobrar ao final do meu mandato, é compromisso meu e como conheço o Estado sei que é possível se fazer este tipo de obra com recursos próprios do Fundo Estadual de Transportes e Habitação (Fethab). Todos os programas que foram um sucesso no governo Blairo Maggi vão continuar e serão melhorados e vão ampliar consideravelmente a Universidade Estadual (Unemat) para profissionalizar nossos jovens, fora escolas técnicas que serão construídas para capacitar o cidadão.
Gazeta - Os demais candidatos ao governo do Estado criticam a gestão Blairo Maggi e a sua de ter relegado regiões do Estado a falta de investimento e desenvolvimento. O que existe de verdade?
Silval - Só a oposição não quer reconhecer que o Brasil mudou para melhor, que Mato Grosso evoluiu significativamente. A nossa realidade hoje é outra, é totalmente diferente. As críticas não se justificam. É claro e óbvio que é preciso melhorar setores como a saúde, a educação e a segurança pública. Este tipo de investimentos nunca vão parar. Países de primeiro mundo como Estados Unidos, Japão, China entre tanto outros considerados desenvolvidos, até hoje discutem modelos melhores de educação pública, de saúde e de segurança.
Gazeta - Na sua ótica, a vida do mato-grossense melhorou?
Silval - Claro que sim e muito. Não apenas por causa de nossas ações enquanto governo, mas também por causa das políticas sociais do governo federal, do presidente Lula. Para você ter uma idéia da situação em 1998 eram 677 mil pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza em Mato Grosso, já em 2008, 270 mil pessoas deixaram essa condição, o que representa uma melhoria, por isso quando falo em agregar valores aos nossos produtos para que eles não saiam in natura e sejam industrializados aqui é um passo interminável para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Gazeta - Quais são os compromissos de Dilma Rousseff se ela for eleita e o senhor também?
Silval - Todos os compromissos que visam o crescimento, o desenvolvimento e uma melhor qualidade de vida para os brasileiros. Dilma assim como Lula reconhecem a importância de Mato Grosso no crescimento econômico do país e que geramos alimento que mata a fome do mundo. Ao contrário do que alguns pregam nós cuidamos de nosso maior patrimônio, nossas terras, nossas riquezas, pois dela sai tudo de mais importante para o crescimento de Mato Grosso e do Brasil. Não haverá falta de recursos e mais do que isto haverão investimentos em obras como rodovias, ferrovias, hidrovias e com certeza agora com a descoberta do depósito de ferro e fosfato uma nova matriz econômica que mudará por completo o perfil da economia de Mato Grosso que será o novo eldorado. Nós ainda temos muito o que fazer, descobrir e crescer. Estamos apenas no começo.
Gazeta - O senhor se sente preparado para ser governador de Mato Grosso?
Silval - Não apenas de Mato Grosso, mas de todos os mato-grossenses. Eu me preparei para ser um gestor moderno que vai buscar soluções reais a todos os problemas. Vou enfrentar os obstáculos de peito aberto e quero ao findar da minha gestão daqui mais quatro anos, olhar pra trás e ver que o povo desta terra que escolhi para ser um representante político, vai reconhecer que valeu a pena ter dado um voto de confiança a mim, pois não quero o melhor apenas para o Estado, mas para toda a sociedade. Vou me desdobrar todos os dias para que haja mais saúde, mais segurança e mais educação em todos os níveis e isto nós faremos com um Estado rico e pujante como Mato Grosso, terra de gente destemida e forte.
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