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Nacional
Segunda - 06 de Setembro de 2010 às 11:21
Por: Mariana Mandelli SP/AE

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 Até palavras cruzadas foram lançadas sobre Exame Nacional
Até palavras cruzadas foram lançadas sobre Exame Nacional
A transformação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em vestibular unificado para as universidades federais começa a se refletir no mercado educacional e na cultura dos vestibulares. O surgimento de cursinhos preparatórios e materiais didáticos específicos é a maior prova disso. Em algumas escolas, a procura aumentou cerca de 50% de 2008 para agora. Criado inicialmente para ser uma avaliação do ensino médio, o Enem começou a ganhar projeção em 2005, quando passou a ser um critério para se conseguir uma bolsa do Programa Universidade Para Todos (ProUni). Agora, cursos de diferentes durações, formatos e modalidades estão atraindo jovens interessados em garantir uma vaga na faculdade.

Segundo os professores dos cursinhos, as dúvidas em relação às novidades do Enem são frequentes. "O aluno precisa se identificar com a prova para poder resolvê-la. E ainda há muito desconhecimento e insegurança", relata o coordenador do curso da Uninter, Marlus Geronasso. "O cursinho é um mal necessário para esses estudantes recuperarem o tempo perdido".

As escolas defendem que a preparação para o vestibular convencional nem sempre dá conta do Enem. O aumento da procura por cursos dedicados ao Enem, de acordo com os coordenadores, é legitimada pelo decrescente interesse dos vestibulandos nos grandes exames, como Fuvest. "As pessoas querem entrar mais rápido na faculdade. Há mais opções", afirma Roberto Dalefi, coordenador do Superium Vestibulares.

Os cursos para o Enem oferecem, basicamente, exercícios extraídos das provas e resumos teóricos sobre temas da atualidade. Entre a enxurrada de livros temáticos que surgiram no mercado, é possível encontrar até palavras cruzadas.

Para especialistas em educação, o movimento do mercado é inevitável e não descaracteriza o Enem. "Se o exame for levado a sério e as escolas se adaptarem às suas matrizes de conteúdo, ele não será um gargalo como a Fuvest", diz Cipriano Luckesi, da Universidade Federal da Bahia (UFBA).




Fonte: A Gazeta

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