Sanecap orienta população a evitar desperdício de água

Até poucas décadas atrás a água potável era vista como um bem abundante e interminável. No entanto, este conceito foi mudado ao longo dos últimos anos, que segundo especialistas e ambientalistas, devido a poluição de rios e desperdício, a escassez da água potável no mundo não está longe de acontecer.

A Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) entende que o assunto é sério e deve ser tratado com urgência. Para tanto, vem fazendo, regularmente, trabalhos de conscientização e sensibilização para o uso racional e reuso da água e preservação dos recursos hídricos. O trabalho é realizado nas comunidades e, ainda, no Memorial da Água e Lagoa Encantada, onde alunos de escola de todo o estado assistem palestras voltadas para o tema.

Conforme o gerente da Divisão Operacional da Sanecap, Noé Rafael da Silva, ressalta que o reuso da água contribui não só para ganhos ambientais, mas também sociais e econômicos, uma vez que pode reduzir o valor da conta de água no final do mês.

Outra ação bastante importante realizada pela Sanecap, em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), é o projeto “Reuso da água de lavagem de roupas”, que está sendo implantado em residências da região do CPA, no entorno da Lagoa Encantada. Trata-se de um sistema que funciona com um dispositivo eletrônico instalado na lavadora de roupa para alimentação da descarga do vaso sanitário.

Este dispositivo foi desenvolvido pelo curso de Física da UFMT, sob a coordenação do professor Nicolau Priante Filho. Contudo, a idéia surgiu com sua esposa, filósofa Josita Priante, ex-funcionária da Sanecap. O projeto será realizado com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A Sanecap entende que o esgoto tratado também pode ser reutilizado como forma de contribuir para a sustentabilidade dos recursos hídricos. Por isso, está instalando na Lagoa Encantada um sistema de reaproveitamento da água do esgoto para piscicultura e irrigação de viveiros. O trabalho será desenvolvido em parceria com o departamento de Engenharia Sanitária da UFMT.