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Cidades
Sexta - 10 de Setembro de 2010 às 13:31

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Os políticos de Mato Grosso conseguiram mais uma façanha – e o eleitor deve estar bem atento porque a fatura é bem “salgada”. No mapa sobre a delinqüência eleitoral, elaborado pela Polícia Federal, o Estado aparece entre os primeiros no ranking de processos por compra de votos. Isto é, por aqui, políticos vivem comprando votos para se elegerem. Pelo ranking, Mato Grosso só perde para o Rio de Janeiro, com 463 inquéritos abertos pela PF e Minas Gerais, com 318. Mato Grosso tem 254 casos.

Um dos casos de compra de votos mais marcantes envolve o deputado federal Pedro Henry, do Partido Progressista, e a deputada estadual Chca Nunes, do Democratas. Os dois foram flagrados na ultima eleição estadual, chegaram a ter seus respectivos diplomas cassados, mas subsistiram e seguiram por todo o mandato. Agora, Henry não conseguiu registro de candidatura, enquanto Chica Nunes “passou” pelo TRE.

O mapa inédito da delinquência eleitoral foi elaborado  Polícia Federal com a finalidade de ajudar a Justiça a montar um sistema de fiscalização e repressão mais eficaz no País. Ele mostra que nos últimos quatro anos, de 2006 a 2009, foram instaurados 20.179 inquéritos para investigar crimes eleitorais dos mais diversos tipos. O campeão absoluto foi o Rio de Janeiro, com 3.409 inquéritos instaurados (16,89% do total), seguido de Minas, com 1.912 casos (9,48%).

Foram levadas em consideração na pesquisa da PF as quatro modalidades mais comuns de crimes eleitorais: fraudes em títulos eleitorais; compra ou venda de voto por dinheiro ou vantagem; fraudes contra o exercício do voto no dia da eleição, incluindo boca de urna e corrupção eleitoral e ou abuso do poder econômico.

O levantamento, publicado pelo jornal “O Estado de São Paulo”, mostrou que São Paulo teve 1.547 inquéritos policiais (7,7% do total). O pequeno Rio Grande do Norte, com cerca de 1% do total de eleitores, veio em quarto lugar (1.529), seguido por Paraíba (1.217) e Maranhão (1.195). Esses inquéritos resultaram no indiciamento de 1.035 pessoas. Mais de cem delas são políticos eleitos que tiveram os mandatos cassados ou o registro da candidatura anulado.

As unidades menos manchadas por crimes eleitorais foram Amapá (166), Roraima (197) e, curiosamente, o Distrito Federal (231), palco do último escândalo político do país, investigado pela operação Caixa de Pandora, que levou à prisão e cassação do governador José Roberto Arruda (sem-partido), além do indiciamento de mais de 30 pessoas, entre parlamentares e autoridades do governo local.

No quesito fraudes em títulos eleitorais, o Rio de Janeiro desponta como campeão, com 958 inquéritos, seguido do Rio Grande do Norte (761), Maranhão (605) e Minas (315).

No item das fraudes contra o exercício do voto, que resistem ao advento da urna eletrônica, ninguém bateu Minas (31), seguida de Sergipe, o menor estado da federação (16), Rio de Janeiro (14) e Santa Catarina (13). Os inquéritos por corrupção eleitoral somaram apenas 16 no período. São Paulo e Amazonas aparecem empatados com 3 inquéritos cada, seguidos de Minas e Rio Grande do Norte (2).





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