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Política
Sexta - 10 de Setembro de 2010 às 16:14

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Famoso por trocar insultos, socos e pontapés com o apresentador da TV 5 Demóstenes Nascimento, durante a gravação de um programa de entrevista, em agosto, o candidato ao Senado João Correia (PMDB) começou na manhã desta sexta-feira (10), em Rio Branco (AC), uma greve de fome em frente ao Palácio Rio Branco, sede do governo estadual.

O candidato da coligação "Liberdade e Produzir para Empregar" protesta contra a decisão dos juízes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AC), que indeferiram nesta quinta-feira (9) o pedido de perícia no material de áudio e de vídeo fornecido pela emissora de TV.

O TRE-AC concedeu apenas o direito ao candidato de ser entrevistado novamente em programa da TV 5, mas considerou desnecessário o trabalho de perícia sob a alegação de que a coligação não impugnou especificamente trechos que tenham sido editados ou suprimidos, de forma a não demonstrar ou mesmo adulterar a verdade.

Após a briga na TV, o candidato e o apresentador registraram queixa na polícia, compareceram ao Instituto Médico Legal para exames de corpo de delito e ameaçaram represálias jurídicas. Correia prestou queixa na 8ª DP e Polícia Federal, mas os inquéritos encontram-se parados.

Debaixo de uma pequena tenda, sob temperatura de 37ºC, o candidato levou uma cadeira e uma mesa sobre qual estava cartelas de medicamento para hipertensão, escova e creme dental, além de exemplares dos livros "Humano, demasiado humano", de Friedrich Nietzsche, e "Origens do totalitarismo", de Hannah Arendt.

"Lutei toda a minha vida contra a ditadura militar neste país e só vou sair daqui após revisão da decisão do TRE. A perícia no material de áudio e de vídeo é vital para que seja provado que a fita enviada pela emissora à Justiça Eleitoral foi adulterada com edição", afirmou Correia, professor licenciado de economia da Universidade Federal do Acre, que adotou o slogan "este vai brigar por você no Senado" para campanha.

Em dezembro de 2006, o então deputado João Correia fez greve de fome durante 42 horas pela conclusão de um processo contra ele no Conselho de Ética. Acusado de chefiar a "máfia das ambulâncias", o empresário Luiz Antônio Vedoin afirmou em depoimentos ter feito acordo com o deputado pelo qual este receberia 10% do valor das emendas de sua autoria que fossem executadas por meio de empresas do esquema.




Fonte: Terra

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