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Polícia
Domingo - 12 de Setembro de 2010 às 12:18
Por: ADILSON ROSA

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Diário de Cuiabá
Em geral, bares e lanchonetes da BR-364 são os principais pontos
Em geral, bares e lanchonetes da BR-364 são os principais pontos
O Serviço de Inteligência da Delegacia do Complexo do Coxipó mapeou seis locais suspeitos de prostituição infantil na região. São prostíbulos disfarçados de bares ou lanchonetes onde existe a suspeita de adolescentes fazendo programas com adultos. O trabalho, iniciado há cerca de seis meses, identificou 15 locais, mas somente seis apresentavam suspeitas. Em dois deles, foram encontrados indícios, partindo de denúncias das próprias adolescentes.

Segundo o chefe de operações, policial civil Vanderlei Nascimento, clientes e responsáveis pela exploração sexual dificilmente denunciam os casos. "Temos dois casos em que as denúncias partiram de adolescentes ou garotas adultas que trabalham no local", assinalou. Ele esclareceu que esses pontos suspeitos são apenas na região do Coxipó, circunscrição da delegacia. Na Grande Cuiabá, esse número dobra.

Além dos pontos suspeitos, os policiais investigam também o agenciamento de adolescentes feito por pessoas que marcam encontros em motéis. São encontros sigilosos nos quais os clientes exigem meninas de 12 a 15 anos.

Vanderlei lembrou que se trata de um trabalho no qual é preciso disponibilizar tempo, pois nem toda a noite as adolescentes estão fazendo programa. "Não podemos dar o bote errado. Caso contrário, é um trabalho perdido", frisou.

Um dos casos ocorreu no final de agosto, quando uma adolescente de 16 anos procurou a delegacia para denunciar que estava se prostituindo e não recebia dinheiro algum. A partir da denúncia, os policiais fizeram levantamento do endereço e local. Caso seja constatado algum indício, o Conselho Tutelar é avisado iniciando um trabalho em conjunto.

"Neste caso específico, encaminhamos tudo para a Delegacia de Defesa da Criança e do Adolescente, que dera continuidade nos trabalhos, o que precisa de tempo. Os demais estão em fase de investigação", esclareceu.

Os locais investigados são boates próximas da BR-364, na saída para Rondonópolis, onde a maior parte da clientela é de caminhoneiros. Garotas são recrutadas nos bairros próximos e trabalham em outros serviços, como limpeza ou na cozinha, mas acabam fazendo programas.

"Mulheres se prostituírem não é crime, desde que não sejam exploradas. O que procuramos são adolescentes se prostituindo, o que é um crime gravíssimo", acrescentou. Vanderlei disse que muitos proprietários desses prostíbulos misturam adolescentes com adultas, dificultando as investigações.
 





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