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Eleições Brasil 2012
Segunda - 13 de Setembro de 2010 às 06:41

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Fernando Borges/Terra
Candidatos à presidência da República se repetem e repercutem caso da Receita
Candidatos à presidência da República se repetem e repercutem caso da Receita

Os ataques entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) estiveram presentes em todo o debate Folha/RedeTV!, realizado na noite deste domingo (12), em São Paulo. A polarização entre os candidatos do PT e do PSDB ficou, mais uma vez, evidente. Perguntas e críticas sobre quebra de sigilo fiscal na Receita Federal foram dirigidas a Dilma pelos candidatos Serra e Marina Silva (PV) e também por jornalistas.

O confronto era esperado pelos tucanos que queriam questionar a candidata petista sobre o caso da Receita. Serra não perdeu a oportunidade e, além de falar dos acessos ilegais aos dados fiscais, citou a relação brasileira com o Irã, o escândalo do "mensalão" e dos "aloprados". Tudo para tentar atingir a candidata, que se mantém lider nas pesquisas de intenção de voto.

No segundo bloco, Dilma pediu direito de resposta quando o candidato do PSDB acusou petistas de estarem ligados às quebras de sigilo. "O adversário ataca a mim e a minha campanha por uma coisa que aconteceu em 2009, quando eu não era candidata e não havia pré-campanha. Não há nenhuma prova que ligue a minha campanha a isso e eu sou a favor da investigação", disse. Em um outro momento a candidata respondeu: "os vazadores não são só do PT".

Serra havia dito que "a democracia do PT e da Dilma é usar o aparato legal para proteger os companheiros".

O ex-governador de São Paulo também não deixou passar o fato do presidente Lula estar "bastante presente" na campanha da ex-ministra da Casa Civil. "Ele escolheu uma candidata e se jogou na campanha". Quando questionado sobre a utilização da imagem de Lula em seu programa eleitoral, o candidato respondeu: "a minha propaganda fez um paralelo com a vida de Lula que disputou eleições, assim como eu. Mas isso foi por cinco segundos e disseram que virou (aparição) diária na minha campanha. As pessoas sabem o que eu fiz", disse, no quarto bloco.

Além de toda a discussão em torno dos ataques, sobraram repetições de propostas de governo dos candidatos. Marina Silva (PV), mantendo sua intenção de "discutir projetos para o Brasil", não entrou nas discussões. Apenas cunhou as denúncias citadas no debate como "vergonhosas" e defendeu o crescimento do País vinculado à sustentabilidade. Por diversas vezes, ela terminou as respostas antes do tempo que lhe era estipulado e, em suas exposições, criticou pontos negativos do governo atual.

Eles por eles
Em meio às perguntas, os candidatos exercitaram a autoavaliação:

Serra: "não sou caluniador e nem evasivo, não fujo das respostas. As pessoas conhecem a minha vida pública nas últimas décadas, está aí para quem quiser saber."

Dilma: "eu não sou dona da verdade, eu também tenho trajetória, é bom que não me subestimem."

Marina: "pela primeira vez, Dilma reconhece que fui do governo Lula. Eu quero dizer que fui sim deste governo e nele ajudei a combater a corrupção no meio ambiente."

Plínio: "as pessoas dizem que eu sou engraçado nos debates, que sou franco-atirador, mas a verdade é que eu sou bem-humorado mesmo, não nasci com a cara fechada."

Plínio, o refresco
Como já aconteceu em outros debates, Plínio se destacou pela ironia, sempre lembrando que um candidato ou outro não respondia às questões feitas. Em meio às discussões que polarizam a campanha entre PT e PSDB, Plínio conseguiu "refrescar" o confronto.

Com bom humor, o candidato do Psol disse que Dilma precisaria acabar com o "bolsa banqueiro", referindo-se ao favorecimento dos bancos no governo Lula. Quando o assunto foi a quebra de sigilos de tucanos, ele lembrou: "isso não tem nada a ver comigo e nem com o meu partido. O problema é uma troca de acusações que representa apenas o nível a que chegou o debate político. Precisamos discutir propostas concretas".

Além disso, quando Dilma ressaltou os programas sociais do governo Lula, Plínio retrucou: "não sei em que País vive a Dilma. Foi ter sucesso num País em que 35 milhões de pessoas têm medo de passar fome. Essa população acredita no Lula porque ele dá Bolsa Família, mas isso é para hoje. E o futuro, como fica?". O debate foi mediado pelo jornalista Kennedy Alencar. 





Fonte: Terra

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