Aposentado que teve dado acessado e tabelião também devem depor
Polícia ouve hoje funcionária da Receita suspeita de quebrar sigilo de tucano

A Polícia Civil deve ouvir nesta segunda-feira (13) o depoimento da servidora Adeildda Ferreira Leão dos Santos, uma das funcionárias investigadas por suposto envolvimento com o vazamento de dados fiscais de tucanos e do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, na Receita Federal. Ela nega qualquer participação no caso.

Também deve ser ouvido o aposentado Edson Pedro dos Santos, que alegou ter sido procurado por um escritório de Mauá para legalizar acesso ao seu sigilo fiscal e procurou a polícia. Foi da agência de Mauá que saíram as denúncias de quebra de sigilo dos tucanos. Outro que deve depor é o responsável pelo 16º Tabelião de Notas de São Paulo, Fábio Tadeu Bizognin, que identificou a falsificação da procuração da filha de José Serra, Verônica.

Na última sexta-feira, o delegado da Polícia Civil em Santo André, José Emílio Pescarmona, afirmou, após ouvir depoimento do contador Antonio Carlos Atella Ferreira, que tanto ele como o office boy Ademir Estevam Cabral - ouvido na quinta - “estão mentindo”. Diante do conflito das duas declarações, o delegado decidiu que irá convocar os dois e colocá-los frente a frente.

Filiado ao PT, segundo o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), Atella aparece como peça-chave no caso de vazamento de dados sigilosos da filha de Serra. Além de Verônica, dados na Receita de Alexandre Bourgeois, seu marido, e de outras quatros pessoas do PSDB foram acessados.

Serra acusa o PT e a campanha de Dilma Rousseff, sua adversária na disputa presidencial, de envolvimento com os vazamentos para usar em um suposto dossiê contra o tucano. Os petistas negam qualquer vínculo com o caso.