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Eleições Brasil 2012
Segunda - 13 de Setembro de 2010 às 18:23

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O candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, criticou nesta segunda-feira a postura da rival Dilma Rousseff (PT) no caso das denúncias de tráfico de influência contra a atual chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, alegando que mais uma vez a petista atacou "os que denunciaram".
"(Dilma) Não botou a mão no fogo por um lado e disse que era uma jogada eleitoral. Ou seja, atacou aqueles que denunciaram. Quem denunciou passa a ser culpado", disse Serra a jornalistas. "A culpa é de quem foi atropelado", acrescentou o presidenciável, que participou de sessão plenária na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília.

Em uma referência à reportagem da revista Veja no último fim de semana sobre o suposto tráfico de influência na Casa Civil, Serra comprometeu-se a fazer um governo "transparente".

"Eu vou fazer um governo transparente. Um governo que defenda a democracia, os direitos dos cidadãos, os direitos humanos. E um governo que não admita a impunidade. Que não permita, inclusive, que se instale lobbies nos diferentes ministérios para arrecadar dinheiro. Dinheiro de corrupção. Começando pela Casa Civil, que é o ministério mais importante, é o que deve ser exemplo para os outros", disse.

Sobre um possível afastamento da ministra, Serra afirmou que não comentaria o que deveria ser feito. "O que eles têm que fazer é abrir, é dar transparência. Abrir uma investigação séria, não de fachada", disse.

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu abrir nesta segunda-feira um procedimento preliminar para investigar a conduta de Erenice, após a reportagem afirmar que um filho da ministra recebeu dinheiro para intermediar um contrato com os Correios.

A decisão foi tomada após pedido da própria ministra para ser investigada pela comissão.

Dilma afirmou na noite de domingo, em debate promovido pela RedeTV! e pelo jornal Folha de S.Paulo, que não poderia ser julgada pelo que o filho de sua antiga assessora poderia ter feito. Ela também cobrou apuração das denúncias.

Serra aproveitou para retornar ao tema da violação de sigilos fiscais de pessoas ligadas a ele, e rebateu as afirmações de Dilma de que, em 2009, quando os sigilos foram violados, não havia ainda campanha nem pré-campanha à Presidência.

Para Dilma, o fato de não haver pré-candidatura eliminaria o propósito eleitoral da violação dos sigilos.

"A ideia de que ela não era candidata é hilariante. A Dilma, já desde meados de 2008, começou a campanha ao lado do presidente da República. Inclusive, quem tocava a Casa Civil na prática era precisamente a atual ministra da Casa Civil. Isso até as paredes, os gramados da Esplanada, as lâmpadas aqui da OAB, todo mundo sabe disso", afirmou.

Ao reiterar que as violações de sigilo fiscal tinham motivação eleitoral, Serra afirmou que o jornalista que revelou ao vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, que dados de seu imposto de renda haviam vazado, disse ao dirigente tucano que as informações vieram do comitê eleitoral de Dilma.




Fonte: Terra

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