Os cientistas introduziram uma grade com 16 pequenos eletrodos diretamente no centro neural que é responsável pela fala, no cérebro do paciente. Para esta experiência foram usadas palavras cotidianas do universo de pessoas que sofreram lesões como a paralisia cerebral, tais como sim, não, quente, frio, fome, sede, olá, adeus, mais e menos. Foi pedido que o paciente lesse as palavras enquanto os eletrodos captavam os sinais enviados pelo cérebro.
Quando ele repetiu as palavras para um computador, os resultados estavam corretos em 76% a 90% do tempo, percentual considerado muito animador pelos realizadores do experimento. Eles esperam poder aumentar este número repetindo a experiência com uma grade de 121 pequenos eletrodos.
A leitura das palavras através dos eletrodos é possível pois os cientistas acreditam que os mesmos sinais enviados pelo cérebro quando uma palavra é dita em voz alta são enviados quando a mesma palavra é apenas pensada. Se eles forem capazes de ler e codificar esses sinais, é possível aprimorar cada vez mais a descoberta.
O pesquisador e bioengenheiro Bradley Greger, da Universidade de Utah, ficou satisfeito com o resultado e espera que em dois ou três anos o método possa começar a ser usado em pacientes com paralisia cerebral. Ele também acredita que a sua equipe item condições de construir em pouco tempo um artefato para traduzir em som as palavras que foram lidas através dos eletrodos.
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