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Esportes
Segunda - 13 de Setembro de 2010 às 20:48

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O árbitro Heber Roberto Lopes, que apitou o polêmico confronto entre Ceará e Santos no último domingo, no Castelão, em Fortaleza, relatou na súmula da partida que testemunhou a agressão pelas costas de um policial ao meia Marquinhos, do time paulista. De acordo com o juiz, o soldado, de nome Jean, acertou o jogador com seu cassetete após o apito final.

Essas informações podem, inclusive, serem anexadas ao processo que Marquinhos irá mover contra o policial que o teria agredido. "É claro que não estou generalizando o trabalho do policiamento, que fez a escolta legal", disse o jogador. "Só que o que aconteceu comigo não pode ficar impune. Tanto que registramos o B.O. (Boletim de Ocorrência) na delegacia que tem dentro do próprio Castelão. Também fiz o exame de corpo de delito. O processo foi aberto e ele (policial) terá que responder pelo que fez".

Chateado com o episódio, o meia continuou com as críticas ao policial. "Ali não tinha nenhum bandido. Eu apenas estava, como outros jogadores nossos, tentando tirar o Neymar da confusão (com João Marcos) quando fui surpreendido. Tanto que o Marcel, o Arouca e o Roberto Brum viram a covardia que houve e foram para cima dele. Quando estávamos frente a frente, ele não me agrediu. Policial tem é de prender bandido. Meus pais me ensinaram que a polícia foi feita para defender o cidadão, não o contrário".

Além do policial envolvido no caso, o Ceará também pode sofrer punições por conta do ocorrido. O clube pode ser denunciado em até dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) pela confusão: o 211 (deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infra-estrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização) e o 213 I (deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto).

Os dois artigos preveem multa de até R$ 100 mil, e o parágrafo 1º do 213 I afirma que o clube pode perder o mando de campo de uma a dez partidas se a desordem "for de elevada gravidade ou causar prejuízo ao andamento do evento desportivo".

Na súmula, Heber também classificou o policiamento do jogo como "ruim". A partida foi marcada por várias confusões, além do episódio com Marquinhos. Antes do pontapé inicial, os jogadores do Santos foram obrigados a trocar seus calções brancos por pretos, atrasando o confronto em cerca de 15 minutos. Depois, Neymar se envolveu em discussão ríspida com o volante adversário João Marcos e os dois precisaram ser contidos por seus colegas.

Confira o relato de Heber na súmula da partida

Após o término do jogo, quando nós da equipe de arbitragem (nos) dirigíamos para nosso vestiário, vimos (...) o soldado sr. Jean agredir com sua tonfa (cassetete militar) as costas do jogador sr. Marcos V. dos Santos, nº 10 da equipe do Santos F. C., o qual veio ao solo imediatamente. Após esta situação, o referido atleta levantou-se e foi para seu vestiário. Saliento que fui informado quanto ao nome do soldado pelo sr. capitão Andrade (sub-comandante do policiamento do jogo).

Com informações de Gazeta Esportiva





Fonte: Terra

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