Inadimplência do consumidor tende a se estabilizar nos próximos meses
O Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência das Empresas recuou 2,2% em julho de 2010, atingindo o patamar de 95,0, perfazendo o décimo quinto recuo mensal consecutivo Como o indicador possui a propriedade de antever, num horizonte médio de seis meses, as oscilações cíclicas da inadimplência, esta longa seqüência de reduções sinaliza que a inadimplência das empresas tenderá a diminuir, ainda que de modo gradual, pelo menos até o início do próximo ano.
A retomada de um ritmo de crescimento mais acelerado da economia brasileira, após a desaceleração observada durante o segundo trimestre de 2010, aliada à interrupção do aperto monetário (aumento da taxa básica de juros) por parte do Banco Central, deverá favorecer a geração de caixa das empresas ao longo dos próximos meses contribuindo para a diminuição de seus níveis de inadimplência, observam os economistas da Serasa Experian.
Consumidores
O Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência do Consumidor recuou 0,3% em julho de 2010, atingindo o patamar de 94,3. Foi segunda queda mensal consecutiva após uma seqüência de cinco meses de elevações, entre janeiro/10 e maio/10. A interrupção desta seqüência de altas sinaliza que o crescimento dos níveis de inadimplemento das pessoas físicas – que vêm sendo detectado desde maio/10 pelo Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor – tenderá a ser modesto, não devendo impor graves restrições à evolução prospectiva do crédito ao consumidor.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o bom momento vivido pelo mercado de trabalho (aumento do nível de emprego e crescimento dos rendimentos reais) tem conseguido neutralizar, pelo menos em parte, as pressões sobre os níveis de inadimplência dos consumidores decorrentes de uma trajetória de expansão do crédito bem superior à massa de rendimentos (capacidade de pagamento).
Assim, a inadimplência do consumidor tende a se estabilizar, especialmente durante o final do ano, sendo insuficiente para reverter a atual trajetória de crescimento do crédito às pessoas físicas, embora deva fazer com que esta evolução ocorra de forma mais moderada ao longo do segundo semestre de 2010.
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