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Política
Quarta - 15 de Setembro de 2010 às 18:28
Por: Claudia Andrade Laryssa Borges

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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta quarta-feira (15) que, mesmo havendo denúncias "graves", não há indícios de envolvimento da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, nas suspeitas de tráfico de influência envolvendo empresas privadas e setores do governo.

"As notícias apontam para fatos graves, mas não temos elemento nenhum ainda que aponte a responsabilidade, se envolve ou não envolve a ministra", disse o chefe do Ministério Público.

O procurador-geral, a quem cabe, caso haja indícios de irregularidade, uma eventual denúncia contra Erenice no Supremo Tribunal Federal (STF), observou ainda que "o MP não servirá de instrumento daqueles que têm interesse em mostrar o envolvimento do governo", embora "não deixará de apurar para preservar qualquer posição".

"O Ministério Público tem a preocupação de não virar instrumento nem da campanha da ministra Dilma nem da campanha do governador Serra", resumiu Gurgel.

O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto anunciou nesta terça (14) que a Polícia Federal abrirá inquérito para apurar as suspeitas de tráfico de influência envolvendo o nome do governo para beneficiar empresas privadas. Em nota, a ministra Erenice havia informado que encaminhará ofícios para a Controladoria-Geral da União (CGU) e ao próprio Barreto para que fossem investigadas as denúncias.

Apesar de aberta a investigação, a ministra, por gozar de foro privilegiado, só poderá ser investigada com autorização do Supremo, o que ainda não existe. Erenice pode depor no caso, mas o inquérito só terá como alvos advogados, as empresas citadas e o filho da ministra, Israel Guerra. 




Fonte: Terra

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