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Política
Quinta - 16 de Setembro de 2010 às 16:17

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O procurador da República em Mato Grosso Mário Lúcio Avelar está preparando denúncia contra o petista Hamilton Lacerda, Valdebran Padilha e demais envolvidos no escândalo do dossiê contra tucanos, nas eleições de 2006, apelidado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “aloprados”. A informação é do jornal Folha de São Paulo, desta quinta-feira (16).

Depois de quatro anos  Procuradoria da República prepara denúncia contra os envolvidos sem que seja conhecida a origem da quantia de R$ 1,7 milhão (R$ 2,1 milhões em valor corrigido) apreendida.
A Polícia Federal apontou que o dinheiro seria para comprar um dossiê forjado e envolver o então candidato ao governo de São Paulo e atual presidenciável, José Serra (PSDB), com a máfia dos sanguessugas (fraude na compra de ambulâncias).

O caso corre em sigilo na Justiça Federal de Mato Grosso e um dos envolvidos Luiz Antonio Vedoin, suposto beneficiário da venda do dossiê, responde a processo na 2ª Vara Criminal Federal de Cuiabá por envolvimento com a máfia dos sanguessugas.
Valdebran Padilha e Gedimar Passos, flagrados com o dinheiro, foram indiciados pela PF mas não foram denunciados pelo MPF à Justiça. O ex-segurança da Presidência da República Freud Godoy, envolvido no caso por Gedimar, continua dono da “Caso Sistemas de Segurança”, empresa que presta serviços ao PT, mas por falta de provas ele não foi indiciado.
Jorge Lorenzetti, o churrasqueiro oficial de Lula, também citado por Gedimar, voltou a ser professor universitário em Santa Catarina. Hamilton Lacerda, ex-coordenador da campanha de Aloizio Mercadante (PT) ao governo em 2006, visto entrando no hotel com um envelope, se desfiliou do PT, virou sócio de uma fazenda de R$ 1,5 milhão na Bahia segundo a Folha de S. Paulo, e em fevereiro se refiliou ao partido.

Expedito Veloso, ex-diretor de Gestão e Risco do Banco do Brasil, flagrado em um telefonema pedindo pressa a Vedoin, voltou a ser gerente e depois foi promovido a diretor de um fundo de previdência do banco.
Oswaldo Bargas, que intermediou uma entrevista “denúncia” de Vedoin contra Serra, deixou a Secretaria do Ministério do Trabalho e abriu uma empresa especializada em consultoria sindical com sede em Brasília onde ninguém foi encontrado.
Embora na época o PT tenha ameaçado expulsar os “aloprados”, ninguém foi punido pelo partido.





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