Justiça nega recursos e quer novo pleito; Clóvis e Euclides vão disputar

O Pleno do TRE indeferiu os embargos de declaração interpostos pelo prefeito eleito de Poconé Clóvis Martins (PTB) e por sua vice Nilce Meire Rodrigues Leite (PT), durante a sessão ordinária desta quinta (16), e determinou que nova eleição seja realizada no município, que hoje é administrado pelo prefeito tampão Ney Rondon (PTB).

Os recursos tentavam reverter a cassação do mandatos deles, que foi proferida pelo próprio TRE. Ao indeferir os embargos declaratórios, e acompanhar o voto do relator, juiz Cesar Bearsi, os membros do tribunal entenderam que não houve nenhuma omissão, contradição ou obscuridade na decisão proferida pelo Pleno em abril deste ano, quando Clóvis e sua vice foram cassados por compra de votos.

O petebista foi punido pela Justiça Eleitoral depois que uma eleitora o acusou de tê-la contratado para uma vaga temporária de professora da rede municipal, em troca do seu voto e de sua família. O petebista nega o crime e jura inocência. Como ele obteve mais que 52% dos votos válidos, nos próximos dias o TRE deve marcar a data para a realização de uma eleição suplementar.

Apesar de ter sido cassado, Clóvis não está inelegível, por isso, a tendência é que dispute a vaga. O secretário de Infraestrutura de Cuiabá Euclides Santos (PSDB), por sua vez, também começa a se articular e deve deixar a pasta justamente para entrar na disputa. Além de Poconé, nos próximos dias o TRE deve marcar a data para a realização de novo pleito em Novo Mundo e Campos de Julho.

  Já os eleitores de Ribeirão Cascalheira devem voltar as urnas em 31 de outubro. Desde as eleições municipais ocorreram em 2008, foram eleitos novos prefeitos em Santo Antônio do Leverger, Araguainha e Novo Horizonte.