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Política
Quinta - 16 de Setembro de 2010 às 23:38

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cogita não nomear o sucessor definitivo de Erenice Guerra na Casa Civil agora ou na semana que vem.
Segundo o blog de Fernando Rodrigues, repórter especial da Folha, Lula pode esperar até depois da eleição de 3 de outubro.

Por enquanto, ficará na cadeira interinamente o secretário-executivo da Casa Civil, Carlos Eduardo Esteves Lima.
A queda de Erenice atordoou o Planalto. A ordem agora no governo é tentar reduzir a temperatura do caso.
Há também dois outros argumentos contra uma indicação já.

Um argumento político é que ao nomear alguém agora como ministro da Casa Civil Lula estaria criando um ruído com Dilma Rousseff (PT), até o momento a favorita. Se for indicado algum nome forte politicamente Lula daria, mesmo de forma inadvertida, um recado: quero essa pessoa também no governo Dilma.

E há um argumento operacional para deixar a nomeação para o período pós-eleitoral. É que o novo ministro da Casa Civil vai cuidar da transição entre governos. Mesmo que seja Dilma a eleita, será uma nova administração a partir de 1º de janeiro de 2011.


PAULO BERNARDO

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, passou a ser cogitado para a função, pela desenvoltura política demonstrada ao longo do governo. Ele entrou em férias esta semana para se dedicar à campanha eleitoral no Paraná.

A Folha também apurou que a coordenadora-geral do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Miriam Belchior, cotada para o lugar de Erenice, perdeu força nas últimas horas porque ela está com receio de assumir o cargo e virar alvo da imprensa.

Miriam não foi chamada para conversar com o presidente, apesar de ter sido avisada da possibilidade de virar ministra. Ela, porém, está reticente em aceitar.

Lima foi indicado por Erenice para a secretaria-executiva do ministério. No período em que Dilma Rousseff esteve no comando da Casa Civil, ele era subchefe-adjunto de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais. Funcionário de carreira, foi interventor da Previ (fundo de previdência privada dos funcionários do Banco do Brasil) e inventariante da LBA no governo Fernando Henrique Cardoso.

NOVO LOBBY

Erenice pediu demissão depois que uma empresa de Campinas confirmar, segundo reportagem da Folha, que um lobby opera dentro da Casa Civil e acusar o filho de Erenice Guerra, Israel, de cobrar dinheiro para obter liberação de empréstimo no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Erenice também teria atuado, segundo reportagem publicada na revista "Veja", para viabilizar negócios nos Correios intermediados por uma empresa de consultoria de propriedade de seu outro filho, Israel.

 

 






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