Moto é mais rápida que bicicletas e carros em desafio em SP

Um motociclista foi o mais rápido na 5ª edição do Desafio Intermodal, realizado no início da noite desta quinta-feira, em São Paulo. Acostumado a circular por vias rápidas da capital paulista durante seu horário de trabalho, o motoboy Fabio Alves, 35 anos, completou o percurso, de cerca de 15 km, em 20 minutos e 20 segundos.

A saída aconteceu às 18h15 da praça General Gentil Falcão, na avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, e o percurso terminou na prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, Centro. Neste ano, 25 pessoas participaram do desafio, entre ciclistas de vias rápidas, vias alternativas, pedestres caminhando, pedestres correndo, motociclistas, passageiros de táxi, ônibus, trem, Metrô e cadeirante com ônibus.

Em segundo lugar, chegou o designer Wagner de Carvalho, 39 anos, pedalando uma bicicleta fixa (com freios nos pedais e não no guidão). Ele completou o desafio em 20 minutos e 56 segundos. Em terceiro, ficou Silas Batista, 50 anos, que usou uma bicicleta convencional para fazer o percurso em 21 minutos e 32 segundos. O engenheiro eletricista afirmou que está acostumado a se locomover na cidade usando o meio de transporte alternativo.

Na edição do ano passado, um ciclista venceu o desafio, com 22 minutos. O organizador André Pasqualini, diretor do Instituto CicloBR, destacou a diminuição do tempo dos ciclistas no evento. "Mesmo que a moto tenha ganhado, tem que ver o prejuízo que ela traz", disse, em referência à poluição que o meio de transporte causa.

Como organizador do evento e cicloativista, Pasqualini afirmou que o objetivo é mostrar as outras opções, além do carro, para se locomover no meio urbano. "O resultado deixou claro que a bicicleta, patins e até o skate são mais eficientes do que o carro", disse ele. Pasqualini explicou que a "bike" é o melhor meio de transporte para trajetos até 7 quilômetros, porém, "em uma cidade como São Paulo que está cheia de carros, ela é boa até para trajetos mais longos de 13 quilômetros".

Como parte do desafio, o cicloativista disse que ainda será balanceado os tempos gastos no percurso com o custo e emissão de gases poluentes.

Dois jovens inovaram ao usar patins e skate para percorrer o trajeto e conquistaram o quinto e o décimo primeiro lugar, respectivamente. Já o carro, demorou mais de uma hora para chegar ao destino final. Em quarto lugar no ano passado, o helicóptero não participou da edição deste ano devido às más condições do tempo.