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Eleições Brasil 2012
Sábado - 18 de Setembro de 2010 às 16:54

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O senador e líder da oposição no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), vai protocolar, na próxima segunda-feira, um convite para que a candidata petista à presidência da República, Dilma Rousseff, preste depoimento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Segundo Alvaro Dias, que concedeu entrevista à imprensa neste sábado, Dilma Rousseff deve explicações já que era ministra da Casa Civil à época que ocorreram supostos tráficos de influência na pasta.

"Será um requerimento em nome do partido, não em nome da campanha. Erenice foi demitida, se Dilma estivesse ministra, também seria demitida. Por isso, deve ser ouvida e tem que dar explicações e não pode se esconder atrás de ombro algum", afirmou.

Alvaro Dias também informou que irá conversar com os advogados do partido sobre a possibilidade de apresentar adendos à representação que o PSDB já enviou ao Ministério Público para que o órgão investigue a ocorrência de lobby na Casa Civil. "O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que investigará, mas há fatos novos", disse.

O senador reconhece que apesar do convite, existe a possibilidade de Dilma Rousseff não comparecer à sessão da CCJ para dar explicações. "Não tenho nenhuma ilusão de que ela aceitará o convite, mas faria muito bem se aceitasse. Obviamente ela tem explicações a dar e não deve se esconder e terceirizar a responsabilidade. Nosso objetivo é dar visibilidade aos fatos, propor transparência, a publicidade dos fatos estimula a investigação. O fato deve chegar à opinião pública com a força que merece", afirmou.

Alvaro Dias, no entanto, afirmou que não pretende instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias. "A CPI é uma possibilidade sempre presente, mas o ambiente que se criou no Senado desestimula a instalação de CPI. O governo aprendeu a dominar de forma absoluta, temos receio de gerar falsa expectativa na população", disse.

O líder da oposição no Senado também criticou o governo por causa da denúncia de que teria havido propina na negociação para a compra do Tamiflu, tratamento para a epidemia de gripe A, ocorrida no ano passado.

"Enquanto brasileiros morriam desassistidos vitimados pela gripe A, no governo instalavam um balcão de negócios para aquisição da vacina. Como alguém pode pretender ser presidente sem ver um propinoduto instalado um palmo à frente do seu nariz?", indagou.




Fonte: Terra

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